Centrais fazem acordo para evitar ataque ao governo de Dilma

Temendo que o Dia Nacional de Lutas - protestos em todo o Pa�s marcados para esta quinta-feira, organizados por centrais sindicais e organiza��es de classe -, se transformasse em um grande ato contra a presidente Dilma Rousseff, a CUT, que � ligada ao PT, convocou uma reuni�o de emerg�ncia na quarta, 10, para pressionar a For�a Sindical a poupar o governo federal. Em troca, prop�s que a defesa do plebiscito para a reforma pol�tica uma bandeira do PT e do governo, tamb�m ficasse fora do palanque unificado, que vai reunir dirigentes das centrais na Avenida Paulista hoje.

O acordo foi fechado e chancelado por todas as centrais. Sem ele a manifesta��o corria s�rio risco de se transformar em um cabo de guerra entre sindicalistas. O governo temia cr�ticas �cidas a Dilma. “No carro de som, onde estar�o os presidentes das centrais, e nas faixas conjuntas, n�o entrar�o o ‘Fora, Dilma’, o ‘Fica, Dilma’ ou a reforma pol�tica. O centro da pauta � a quest�o trabalhista. Mas os militantes cutistas levar�o cartazes em defesa da reforma pol�tica, da taxa��o das grandes fortunas e da reforma tribut�ria”, resumiu Vagner Freitas, presidente da CUT.

Para preservar a presidente Dilma, a CUT vai focar as cr�ticas no Congresso. A UNE, que � dirigida pelo governista PCdoB, tamb�m levantar� bandeiras governistas e poupar� a presidente. “N�o � a CUT que est� levando a pauta da Dilma, � a Dilma que est� levando a pauta da CUT”, diz Vagner Freitas.“N�o existe manifesta��o contra o governo. Ela � a favor dos trabalhadores”, enfatizou Arthur Henrique, ex-presidente da CUT.

Apesar do acordo, o presidente da For�a Sindical, Paulo Pereira da Silva, disse que os militantes da entidade protestar�o contra a presidente nas ruas. “Nossas palavras ser�o duras contra o governo Dilma, por falta de atendimento �s quest�es trabalhistas que at� hoje ela n�o atendeu e n�o quis saber delas.” Ainda segundo o dirigente, o foco da central tamb�m ser� a infla��o e a pol�tica econ�mica, calcanhar de Aquiles do governo.