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Estado de Minas

Rio de Janeiro tem alerta total para manifesta��es

Para o governo, mais do que o crime organizado ou o terrorismo, o maior risco de problemas na visita do papa ao Brasil s�o os protestos populares


postado em 17/07/2013 09:56

A Abin apresentou à imprensa a sala de controle onde serão monitoradas todas as ações dos manifestantes(foto: Elza Fiuza/ABR Brasilia )
A Abin apresentou � imprensa a sala de controle onde ser�o monitoradas todas as a��es dos manifestantes (foto: Elza Fiuza/ABR Brasilia )
 

Nem o crime organizado nem a hip�tese de atentados terroristas. S�o os protestos espont�neos da sociedade que irromperam nas ruas do pa�s em junho que est�o na mira da Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) como a principal “fonte de amea�a” de incidentes na Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que reunir� milhares de jovens cat�licos de v�rios pa�ses entre os dias 23 e 28, no Rio de Janeiro. O �rg�o de intelig�ncia do governo federal acendeu o alerta vermelho para as manifesta��es pela alta probabilidade de protestos atravessarem o caminho dos fi�is.

 O painel eletr�nico de informa��es instalado na sala de controle integrado montada pela Abin para coordenar as a��es de intelig�ncia em torno do evento indica que a ag�ncia d� como certa a ocorr�ncia de manifesta��es no decorrer da jornada, aproveitando a repercuss�o gerada pela presen�a do papa. “Diante das a��es dessa fonte percebidas no pa�s nos �ltimos meses associadas �s a��es internacionais relacionadas a grandes eventos desse teor, considera-se tend�ncia de manifesta��o positiva durante o evento”, dizia o painel, ontem (veja ao lado o quadro completo das amea�as). A sala de controle foi aberta � visita��o de jornalistas a convite do ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), Jos� Elito Siqueira.

 

A preocupa��o est� focalizada nos chamados “grupos de press�o”, como a ag�ncia identifica os manifestantes que atuam sem coordena��o ou lideran�as. Diferentemente dos “movimentos reivindicat�rios”, que, no jarg�o da Abin, s�o os protestos organizados por ONGs, sindicatos ou partidos. Os dois itens estavam listados no painel ao lado de outros fatores considerados como “fontes de amea�a”, como incidentes de tr�nsito, crime organizado, organiza��es terroristas e, at� mesmo, criminalidade comum.

 A previs�o de manifesta��es est� centrada no Rio de Janeiro. N�o foram detectados ind�cios de que possa haver protestos em Aparecida (SP), onde o papa celebrar� missa na bas�lica da padroeira do pa�s.

 Jos� Elito, contudo, considera que eventuais manifesta��es ao longo da jornada devem ser encaradas com naturalidade. “Claro que vamos olhar, acompanhar, para evitar que aquelas manifesta��es tenham uma repercuss�o a ponto de prejudicar um grande evento”, ponderou o ministro. “Mas isso n�o vai acontecer. Voc�s viram que, durante a Copa das Confedera��es, n�s tivemos v�rias manifesta��es e, gra�as �s a��es dos minist�rios diretamente envolvidos e, claro, ao apoio da intelig�ncia, todas as competi��es tiveram um brilho � altura da Copa”, disse Elito.

 Mas, para a antrop�loga Alba Zaluar, especialista em seguran�a p�blica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), � a a��o da pol�cia nas manifesta��es que deve ser considerada como maior fonte de amea�a. Muito mais do que os protestos em si. “As manifesta��es podem gerar problemas se a pol�cia continuar agindo de forma descontrolada, sem seguir minimamente um protocolo de atua��o nessas circunst�ncias”, avalia a especialista. “Eles conhecem o protocolo, t�m que seguir o treinamento e n�o agir no impulso, na raiva. Essa atitude cria um cen�rio confuso, n�o se sabe mais onde come�a a viol�ncia”, diz Alba.

 J� o professor do Departamento de Sociologia da Universidade de Bras�lia Arthur Trindade v� uma fundamenta��o pol�tica na aten��o dispensada pela Abin �s manifesta��es populares durante a Jornada Mundial da Juventude. “A quest�o, aqui, � saber o que o governo est� considerando como amea�a. Certamente, as manifesta��es ser�o fonte de constrangimento pol�tico. Agora, n�o tem cabimento considerar que elas v�o colocar a integridade dos participantes da jornada ou do papa em risco”, alerta Trindade.


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