(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MUDAN�AS NA SEGURAN�A

Governo minimiza alerta da Abin sobre manifesta��es durante a visita do papa Francisco ao Rio

Ap�s cr�ticas, autoridade admite rever plano de prote��o


postado em 18/07/2013 06:00 / atualizado em 18/07/2013 06:53

Estrutura para receber fiéis em Copacabana está quase toda montada(foto: Vanderlei Almeida/AFP)
Estrutura para receber fi�is em Copacabana est� quase toda montada (foto: Vanderlei Almeida/AFP)

 

A quatro dias da chegada do papa Francisco para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), os discursos e as iniciativas sobre a seguran�a do pont�fice diante dos protestos ocorridos no Brasil no m�s passado se mostram contradit�rios. Ontem, 24 horas depois de a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) alertar sobre a grande possibilidade de manifesta��es cruzarem o caminho dos fi�is, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, disse que “a principal seguran�a do papa � o entusiasmo, a tradi��o de paz e de fraternidade do povo brasileiro”. Mas, ao fim do dia, no momento em que um grupo de jovens provocava grande transtorno nas imedia��es da resid�ncia oficial do governador do Rio, S�rgio Cabral, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, discutia com o pr�prio governador e com agentes da Guarda do Vaticano altera��es no plano de seguran�a da visita do papa.

No Bairro das Laranjeiras, onde fica a resid�ncia oficial de Cabral, cerca de 600 pessoas atearam fogo em bonecos e provocaram grandes engarrafamentos nas liga��es do Centro da cidade com a Zona Sul. N�o houve confrontos com a pol�cia. Mais cedo, moradores da Favela da Rocinha, a maior do Rio, protestaram contra o desaparecimento de um morador durante uma opera��o da pol�cia pacificadora.

Cardozo informou que as mudan�as no esquema de seguran�a para a jornada ser�o anunciadas hoje, ap�s ouvir sugest�es feitas por agentes da Gendarmeria, a Guarda do Vaticano. “Tudo o que diz respeito ao papa foi discutido. Obviamente, n�s estamos fazendo adapta��es, ouvindo as sugest�es do Vaticano, eles ouvindo as nossas, fazendo tudo para que n�s tenhamos um plano de seguran�a que seja exitoso”, declarou o ministro da Justi�a.

Mas a reuni�o � tarde, que contou tamb�m com o secret�rio estadual de Seguran�a P�blica, Jos� Mariano Beltrame, e com o ministro da Defesa, Celso Amorim, foi ao encontro do alerta da Abin. “A ag�ncia mostra as possibilidades justamente para os �rg�os policiais se prepararem”, comentou o antrop�logo, especialista em seguran�a p�blica e ex-comandante do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope) Paulo Roberto Storani. “Pelo hist�rico do Brasil, a quest�o central n�o s�o os danos f�sicos que podem ocorrer com o papa. N�o acho que, se houver protestos, tentar�o atacar o pont�fice. Mas � preciso garantir paz ao redor dele. O problema � que, nessas manifesta��es, as pessoas podem se aproveitar para chamar aten��o ao movimento, praticar atos de vandalismo. Qualquer coisa que acontecer com o papa pode mostrar a vulner�vel estrutura do pa�s e a incapacidade do governo em garantir seguran�a ao pont�fice”, opina Storani.

Agenda mantida

Mesmo com o alerta da Abin, o Vaticano garante que a agenda do papa n�o ser� mudada e continua afirmando que n�o est� preocupado com protestos de rua. O percurso do pont�fice inclui encontros diretos com grandes p�blicos na Praia de Copacabana, na missa em Guaratiba (Zona Oeste) e na comunidade de Varginha — uma das favelas do Complexo de Manguinhos, na zona portu�ria. Oito integrantes da Gendarmeria estiveram ontem na Varginha e percorreram os locais em que o papa estar�, como a capela da comunidade e o campo de futebol. Na cidade, em deslocamentos longos, o pont�fice deve usar um carro fechado, mas, em trechos curtos, deve optar pelo Papam�vel sem vidros blindados. A For�a A�rea Brasileira vai usar dois drones – pequenos aparelhos n�o tripulados – para monitorar as �reas por onde o para vai passar. (Colaboraram Karla Correia e �tore Medeiros)

Convoca��es na rede
No que depender dos manifestantes cariocas, as ruas do Rio de Janeiro n�o ser�o tomadas apenas pelos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude. Pelo menos quatro grandes atos est�o sendo convocados pelas redes sociais, para os quais quase 10 mil pessoas j� confirmaram presen�a: Ato na recep��o do papa no Pal�cio Guanabara (3,7 mil), Papafolia (2,2 mil), Grande ato papa, veja como somos tratados (1,1 mil) e a Marcha da vadias (2,8 mil) – este, um movimento internacional, sem liga��o direta com a visita do pont�fice, mas com pautas que batem de frente com alguns dogmas crist�os, como a legaliza��o do aborto e a uni�o homoafetiva.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)