Rio, 18 - O comandante da Pol�cia Militar (PM) do Rio, coronel Erir Ribeiro da Costa Filho, afirmou nesta quinta-feira que o pacto com entidades da sociedade civil para reduzir o uso de g�s lacrimog�neo na conten��o dos protestos ser� revisto. Depois da noite e madrugada de depreda��o na zona sul carioca, Costa Filho, demonstrando tens�o, fez um desabafo na entrevista que deu ao lado do secret�rio de Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame, e da chefe da Pol�cia Civil, delegada Martha Rocha. Costa Filho disse que "a PM, boa ou ruim, � a que voc�s e a sociedade t�m e precisam" e revelou que h� cinco anos a disciplina controle de dist�rbios civis saiu do curr�culo da pol�cia.
"O Rio tem cultura de manifesta��o pac�fica. H� dois anos, o Batalh�o de Choque foi treinado pela pol�cia francesa. Essa semana, tive reuni�o na Secretaria de Assist�ncia Social e Direitos Humanos com Anistia Internacional, Defensoria P�blica, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Foi pactuado uma diminui��o do uso de g�s lacrimog�neo pela PM. Algumas entidades queriam que retirassem todas as armas n�o letais. Depois do que ocorreu ontem (17), vamos fazer reavalia��o da forma de atuar", declarou.
Costa Filho criticou a falta de apoio da imprensa � corpora��o e disse que os jornalistas tamb�m t�m responsabilidade com o que acontece. "Eles (manifestantes) ficam de frente para a pol�cia, esperando a rea��o. Na rua, manifestantes jogam at� mijo e cospem na nossa cara. N�s tamb�m somos cidad�os. Estamos nas ruas para dar seguran�a a todos voc�s, inclusive para a imprensa tamb�m. N�s n�o temos apoio dos senhores tamb�m, s� cr�ticas. Estamos com policiais feridos, mas esses direitos humanos n�o s�o para a pol�cia. Se a PM n�o estiver ali, � anarquia. Todos temos de ter responsabilidade. N�o brinque com o que est� acontecendo, n�o. Ningu�m sabe o que est� por tr�s, ent�o a responsabilidade da m�dia � grande. Vamos repensar tamb�m a m�dia. O que est� acontecendo � um jogo virtual e est� todo mundo a� perdido. N�s n�o estamos perdidos, n�o. Como a pol�cia vai controlar uma turba sem muni��o n�o letal? As organiza��es t�m que nos dizer o que vamos usar. Eu n�o posso botar a minha cara."