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Estado de Minas

Papa quer 'banho de povo' e cobrar� pol�ticos no Brasil

Vaticano se posiciona ao lado dos manifestantes e prepara um discurso de cobran�a � classe pol�tica


postado em 19/07/2013 00:01 / atualizado em 19/07/2013 09:04

Roma, 18 - O Vaticano se posiciona ao lado dos manifestantes, prepara um discurso de cobran�a � classe pol�tica e alerta que, se ceder e aceitar algumas mudan�as na agenda no papa Francisco por causa da seguran�a, n�o abrir� m�o de um “banho de povo”. O novo cen�rio ainda fez o papa reabrir seus discursos e reescrev�-los para elevar o tom de questionamento aos dirigentes. O discurso oficial em Roma � de apontar que a Igreja n�o � o alvo dos protestos. “N�o � um confronto com o papa ou com a Igreja”, declarou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi. Em outras palavras, as ruas protestam contra os pol�ticos, n�o contra o papa, que n�o disfar�a a seus assessores mais pr�ximos e outros cardeais sua simpatia com o que v� nas ruas.

 Nesta quarta-feira, na Cidade do Vaticano, Lombardi explicou a dezenas de jornalistas de todo o mundo o percurso fren�tico que Francisco far� em sua primeira viagem internacional. A agenda original foi modificada pelo pr�prio papa. Mas n�o para se proteger, e sim para abolir dias de descanso e incluir in�meras atividades com car�ter social que n�o estavam previstas, entre elas a visita a uma favela, a um hospital e a detentos.

 Questionado sobre as amea�as de manifesta��es identificadas pelo governo, Lombardi deixou claro que n�o h� revis�o dos planos. “Se houver mudan�as, eles (as autoridades brasileiras) nos comunicar�o. Mas, no momento atual, n�o esperamos que existam inconvenientes particulares ou consequ�ncias para a Jornada.”

 A reportagem apurou que, na negocia��o com as autoridades brasileiras, o Vaticano j� mandou um recado claro: o papa n�o aceitar� ser isolado ou que seus planos de contato com a popula��o sejam reduzidos. O Vaticano n�o esconde que parte da prote��o de Francisco vir� at� de sua mensagem. “Todos entendem que a mensagem do papa � de solidariedade, de conviv�ncia pac�fica na sociedade e de desenvolvimento igualit�rio para todos”, disse Lombardi. Durante toda a semana que antecede a viagem, Francisco tem se mantido afastado do p�blico, justamente para preparar sua mensagem.

 Os textos

 Funcion�rios na secretaria de Estado confirmaram que ele ter� um “recado de esperan�a” aos jovens, mas tamb�m far� cobran�as aos pol�ticos e orienta��o aos bispos sobre como devem abrir suas igrejas e se aproximar dos mais carentes. Para a classe dirigente, j� h� at� local escolhido para dar o recado: o Teatro Municipal do Rio de Janeiro. “O papa quer falar ali aos respons�veis por decis�es na sociedade”, indicou o padre Lombardi. Nos bastidores, fontes no Vaticano confirmaram que o pont�fice argentino acredita que chegou o momento de o governo “escutar o povo”.


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