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Estado de Minas

Angra dos Reis ganha mapa de risco in�dito para preven��o a desastres naturais


postado em 20/07/2013 13:29 / atualizado em 20/07/2013 13:36

Vista dos estragos na pousada Sankai na Praia do Bananal, em Ilha Grande, no município de Angra dos Reis. Desabamento aconteceu às vésperas do ano novo, na chegada de 2010(foto: Andrade/Folha Imagem)
Vista dos estragos na pousada Sankai na Praia do Bananal, em Ilha Grande, no munic�pio de Angra dos Reis. Desabamento aconteceu �s v�speras do ano novo, na chegada de 2010 (foto: Andrade/Folha Imagem)

Estudos do Instituto Geot�cnico de Reabilita��o do Sistema Encosta-Plan�cie (Reageo) resultaram em um mapa in�dito de risco para preven��o a desastres naturais no munic�pio de Angra dos Reis, no sul do estado do Rio de Janeiro, encomendado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). O mapa inclui a regi�o central da cidade e a Ilha Grande, em uma extens�o de 70 quil�metros quadrados. Em 2010, as �reas foram afetadas por enchentes e deslizamentos de terra, que mataram cerca de 50 pessoas.

O professor de Engenharia Geot�cnica do Instituto Alberto Luiz Coimbra de P�s-Gradua��o e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Maur�cio Ehrlich, membro do Reageo, defendeu que os governos federal e estaduais invistam em mapas topogr�ficos em escala de “pelo menos” um para 5 mil, nos grandes centros e nas regi�es mais suscet�veis a desastres naturais.

O especialista disse que o procedimento adotado para a elabora��o do mapa do Reageo t�m por base a hist�ria da regi�o. “� quase um invent�rio de informa��es. Se ela [regi�o] n�o tem hist�rico de ruptura, diz-se que o risco � baixo”. Al�m disso, foram feitas fotos de sat�lites. Por ser mais detalhado, o mapa do Reageo “pode cumprir seus prop�sitos mais adequadamente”.

“Para chegar a um mapa de risco, primeiro voc� tem que definir o mapa de suscetibilidade, que indica a maior ou menor possibilidade de haver ruptura de encosta em um determinado local”. S�o coletadas informa��es sobre fatores como declividade da encosta, altura, tipo de solo, vegeta��o, ocupa��o, descida de �gua. O levantamento demandou um ano de trabalho.

A etapa seguinte se baseou nos dados de ocupa��o e definiu o mapa de risco. “Se voc� n�o tiver uma ruptura na encosta, o risco, isto �, a consequ�ncia do que pode acontecer, � zero”. Ehrlich esclareceu que o risco tamb�m envolve, al�m dos habitantes, as facilidades que existem, como o custo de implanta��o de ruas e de casas, al�m de danos ao patrim�nio.

O mapa do Reageo identificou que em torno de 25% das �reas pesquisadas apresentam riscos muito elevado e elevado. Essas �reas s�o tamb�m as que mostram maior ocupa��o populacional. De acordo com o mapa, cerca de 8 mil pessoas que vivem em �reas de alto risco ter�o de ser transferidas para outros locais, menos sujeitos a colapso, devido � alta suscetibilidade aos desastres naturais. O fator deflagrador � sempre o mesmo: a chuva.

Com base no mapa, os pesquisadores da Coppe/Reageo sugerem que as autoridades privilegiem as �reas de risco moderado para baixo no processo de futura expans�o e de realoca��o de pessoas. Nesses locais, foram sugeridas ainda obras de drenagem para melhorar de forma consider�vel as condi��es dos terrenos.

A prefeitura de Angra dos Reis, na regi�o sul do estado do Rio de Janeiro, atualiza as tr�s bases de informa��es para definir as obras que ter�o de ser feitas na cidade visando � preven��o de desastres naturais. O trabalho � feito pela Secretaria Municipal de Defesa Civil.

De acordo com o secret�rio da Defesa Civil local, Marco Oliveira, a atualiza��o dos dados poder� confirmar a necessidade de transfer�ncia definitiva de 8 mil moradores, sugerida pelo mapa. Al�m do banco de dados pr�prio do munic�pio, Angra dos Reis disp�e de um mapa elaborado pelo Servi�o Geol�gico do Brasil (CPRM), antiga Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, a pedido do governo federal, que cobriu 74 �reas de risco.

“Mapa de risco tem de ser atualizado”, destacou Marco Oliveira. Como os mapas dispon�veis foram feitos em 2010 e 2011, a prefeitura de Angra est� sobrepondo as informa��es visando � atualiza��o. O trabalho � feito em conjunto com o Departamento de Recursos Minerais do estado (DRM) e dever� se estender at� 2014, estimou o secret�rio.

O comparativo dos dados e a sua atualiza��o permitir�o definir as obras de recupera��o que ter�o de ser feitas em locais afetados pelas fortes chuvas dos �ltimos anos e as interven��es de engenharia, identificando ainda em que regi�es a popula��o ter� de ser totalmente evacuada.


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