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Estado de Minas

Jovens s�o o grande desafio, afirma papa

Pont�fice chega ao pa�s, desfila em carro aberto pr�ximo da multid�o e, em portugu�s, diz que veio alimentar a chama do amor fraterno que existe em cada cora��o brasileiro


postado em 23/07/2013 07:02 / atualizado em 23/07/2013 14:02

Dilma e Francisco encontraram-se e ambos falaram sobre desafios sociais(foto: AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA )
Dilma e Francisco encontraram-se e ambos falaram sobre desafios sociais (foto: AFP PHOTO / VANDERLEI ALMEIDA )

 Rio de Janeiro – Em seu primeiro discurso oficial no Brasil, o papa Francisco afirmou, em portugu�s, que “Cristo bota f� nos jovens e confia-lhes o futuro e sua pr�pria casa. E, tamb�m, os jovens botam f� em Cristo. Eles n�o t�m medo de arriscar a �nica vida que possuem porque sabem que n�o ser�o desiludidos”. Ao iniciar sua fala, de pouco mais de 10 minutos, no Pal�cio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, nas Laranjeiras, Zona Sul da cidade, ele pediu licen�a para entrar e passar esta semana com os brasileiros. “Aprendi que para ter acesso ao povo brasileiro � preciso bater no portal de seu cora��o”, afirmou, esbanjando simpatia, ao lado da presidente Dilma Rousseff. “N�o tenho ouro e prata, mas trago o que de mais precioso nos foi dado: Jesus Cristo. Venho em seu nome para alimentar a chama de amor fraterno que arde em cada cora��o”, disse o papa, para del�rio dos convidados presentes � solenidade. “A juventude � janela pela qual o futuro entra no mundo. Por isso, nos imp�e grandes desafios”, afirmou, numa sutil refer�ncia aos protestos ocorridos no pa�s no m�s passado.

 Veja a galeria de fotos do primeiro dia da Jornada Mundial da Juventude

 Ao fim do seu discurso, o papa beijou a presidente, que, antes, em um pronunciamento bem mais politizado, agarrou-se ao prest�gio do pont�fice e ao p�blico alvo da Jornada Mundial da Juventude e disse que tanto a Igreja Cat�lica quanto o governo brasileiro comungam os ideais de justi�a e fraternidade. “Lutamos contra um inimigo comum, a desigualdade, em todas as suas formas”, discursou Dilma. Depois, numa refer�ncia direta �s manifesta��es, afirmou: “Democracia gera desejo de mais democracia. Inclus�o social provoca cobran�a de mais inclus�o social. Qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida. Para n�s, todos os avan�os que conquistamos s�o s� um come�o”.

 Para a presidente, a presen�a do papa no pa�s � uma oportunidade para se renovar o di�logo em torno de valores comuns, como justi�a social, solidariedade, direitos humanos e paz entre as na��es. “Sabemos que temos diante de n�s um l�der religioso sens�vel aos anseios de nossos povos por justi�a social, pela oportunidade para todos e a dignidade para os cidad�os.”

 Brincadeiras

 O bom humor e a disposi��o de Francisco em sua primeira visita ao Brasil ficaram expl�citas nas brincadeiras que ele fez ainda durante o voo comercial da Alitalia que o trouxe de Roma. Segundo ele, por uma quest�o de l�gica, o substituto de Bento XVI n�o poderia ser um brasileiro. “Deus j� � brasileiro e voc�s queriam um papa?”, ironizou ele, argentino de nascimento.

 A presidente Dilma recepcionou Francisco na Base A�rea do aeroporto do Gale�o, pouco antes das 16h. Ela estava acompanhada por diversos ministros, pelo governador do Rio, S�rgio Cabral, pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes e pelo vice-presidente Michel Temer. Um dos mais efusivos era o secret�rio-geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, cat�lico fervoroso, seminarista na juventude e respons�vel pelo di�logo do Planalto com a Igreja.

 A chegada de Francisco causou apreens�o ao servi�o de seguran�a ao levar 10 mil pessoas �s ruas da capital fluminense, que queriam ficar pr�ximas do chefe da Igreja Cat�lica para tirar fotos ou tocar no bra�o de Francisco, o primeiro pont�fice latino-americano. Batizado de “papa do povo”, o homem fez jus ao apelido e, para desespero da seguran�a, desfilou primeiro em um carro com vidro aberto e depois no Papam�vel sem vidros laterais e sem blindagem. Francisco aben�oou crian�as, deixou-se fotografar pelos fi�is e enlouqueceu os seguran�as, que se desdobravam para tentar manter a integridade de um papa mais disposto a ampliar o contato com a popula��o. Houve confus�o no trajeto porque o ve�culo ficou encurralado de um lado pela popula��o e de outro por diversos �nibus.

 Na passagem do cortejo pelas ruas do Centro, grupos promoveram beija�o e mostraram seios contra a visita. Do lado de fora da sede do governo fluminense, dezenas de manifestantes, entre eles um grupo de encapuzados, promoveram um protesto e entraram em confronto com policiais. Ap�s a cerim�nia oficial, acompanhada por 650 convidados, o papa Francisco participou de um encontro reservado com a presidente Dilma e depois seguiu para o Pal�cio Apost�lico do Sumar�, resid�ncia oficial da Arquidiocese do Rio, no alto da Estrada do Sumar�, na Zona Norte, onde est� hospedado em um quarto de 45m². N�o est� marcado nenhum compromisso oficial para hoje.


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