Frio pode ter matado quatro pessoas em SP

O frio pode ter causado quatro mortes registradas pelo Instituto M�dico Legal (IML) de S�o Paulo nesta semana. Na manh� da quarta-feira, 24, um homem de cerca de 35 anos foi encontrado morto, enrolado a um cobertor e sem sinais de viol�ncia, na rampa de acesso ao Terminal Dom Pedro II, no centro da capital. O caso foi registrado pela 1º Distrito Policial da S�, que tamb�m registrou uma segunda morte com as mesmas caracter�sticas, na quinta-feira, 25. Um homem aparentando cerca de 50 anos estava ca�do, j� sem vida, em uma cal�ada no bairro da Liberdade. Nenhum sinal de agress�o foi encontrado.

Um outra morte associada �s baixas temperaturas foi registrada pelo 98.º DP. Um homem n�o identificado morreu na madrugada de quarta-feira, 24, no hospital Pedreira, na zona sul de S�o Paulo. Segundo testemunhas, a v�tima foi encontrada na rua pelo Samu e encaminhada ao hospital. De acordo com o m�dico, ela chegou com ferimentos no rosto e hipoglicemia, al�m de ter se queixado de frio e fome. Logo em seguida, teve uma parada cardiorrespirat�ria e morreu.

A quarta v�tima foi Luis Carlos Palegio Correia, de 58 anos, encontrado morto na cal�ada de uma lanchonete, na Cidade Tiradentes. De acordo com o filho de Correia, j� fazia algum tempo que ele morava na rua e bebia diariamente. Um comerciante informou que, ao chegar no local por volta das 6 horas, a v�tima j� estava morta. O IML informa que os laudos com as causas das mortes ficam prontos em cerca de 30 dias.

Vers�o oficial

A Prefeitura de S�o Paulo divulgou nota informando que recebeu registro parcial de dois �bitos nas �ltimas 48 horas que podem estar relacionadas �s condi��es clim�ticas. A nota afirma que a Secretaria Municipal de Assist�ncia Social tem feito rondas por toda a cidade abordando moradores de rua e que esteve em ruas da Liberdade, onde um dos �bitos ocorreu, n�o encontrando moradores de rua no local.

A Opera��o Baixas Temperaturas oferece 12 mil vagas e registrou 11 mil acolhimentos em centros de apoio para os moradores de rua, nas madrugadas de quarta-feira e quinta-feira. O abrigo emergencial na sede da Defesa Civil recebeu 1.270 pessoas desde a �ltima quarta-feira.

"Equipes de abordagem percorrem a cidade num trabalho de convencimento destas pessoas, para que aceitem a acolhida, onde recebem alimenta��o (jantar e caf� da manh�), cobertor, cama e kit de higiene pessoal. Vale ressaltar que as pessoas s�o convidadas a ir para os Centros de Acolhidas, mas n�o podem ser obrigadas a aceitar o encaminhamento", diz a nota. Para solicitar apoio para acolher uma pessoa em risco, qualquer cidad�o pode ligar para o telefone 156 ou diretamente no atendimento da GCM (153) ou Defesa Civil (199).