
O papa Francisco traz uma mensagem de esperan�a e “sobretudo um caminho de concilia��o”, disse neste s�bado o ministro da Secretaria de Avia��o Civil da Presid�ncia da Rep�blica, Moreira Franco, um dos convidados para o encontro com o pont�fice no Theatro Municipal. Segundo ele, durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) o papa chama a aten��o para a capacidade de concilia��o dos jovens para os caminhos do futuro sem abrir m�o, entretanto, da experi�ncia dos idosos, que permite incorporar valores que foram constru�dos ao longo do tempo.
O encontro reuniu pol�ticos, dirigentes empresariais, personalidades da vida cultural, l�deres religiosos e de movimentos sociais e representantes diplom�ticos. Em seu discurso, o papa Francisco destacou que a sociedade � respons�vel pela forma��o das novas gera��es, nas �reas pol�tica e econ�mica, primando pelos valores �ticos. Ele destacou ainda a import�ncia de se combater a pobreza.
“O futuro exige hoje a tarefa de reabilitar a pol�tica, que � uma das formas mais altas da caridade. O futuro nos exige tamb�m uma vis�o humanista da economia e uma pol�tica que logre cada vez mais e melhor a participa��o das pessoas, evite o elitismo e erradique a pobreza. Que a ningu�m falte o necess�rio e se assegure a todos dignidade, fraternidade e solidariedade", disse o pont�fice.
Para o cineasta Luiz Carlos Barreto, a visita do papa ao Brasil tem um resultado muito positivo em uma hora dif�cil, de manifesta��es. “E isto serve muito, de uma certa maneira, para amenizar esse clima de badernas. Ele est� pregando uma coisa ecum�nica. Ele n�o est� com nenhuma mensagem sect�ria”. Para Barreto, o papa Francisco est� se revelando uma pessoa de carisma e isso � importante para a Igreja Cat�lica, que est� vivendo uma crise. “O Brasil � um palco ideal para isto, porque est� no foco mundial e � um pa�s com uma das maiores popula��es cat�licas do mundo.”
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado Paulo Mello (PMDB), disse que o discurso do papa traz quest�es que pareciam abandonadas, como o bom samaritano e a solidariedade. “Eu acho que n�s vivemos em uma sociedade onde o consumismo � muito contundente. Acho fant�stico quando voc� v� uma pessoa que tenta transformar a Igreja e a transforma pela sua participa��o pessoal, pelo seu jeito especial, pela sua vida franciscana e pela sua dedica��o �s pessoas.”
A presidenta da Funda��o Theatro Municipal, Carla Camurati, disse que todos os 2.200 lugares da casa de espet�culos foram ocupados pelos convidados para o encontro com o papa. O teatro preparou um programa especial para o evento, com apresenta��o da Orquestra Sinf�nica do Theatro Municipal (OSTM), regida pelo maestro Silvio Viegas, e coro e alunas da Escola de Dan�a Maria Olenewa, mantida pela Funda��o Theatro Municipal.
Na primeira parte do programa, a OSTM executou o quarto movimento das Bachianas nº 7 e Choros nº 10, ambas de autoria do maestro e compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, e Maracatu Chico Rei, de Francisco Mignone. Na segunda parte, a orquestra tocou a m�sica-tema da JMJ 2013, Onde reina o amor, e, ao final, o hino da cidade do Rio de Janeiro, Cidade Maravilhosa.