Fi�is mineiros acompanham missa do papa no alto da serra em Caet�

Gustavo Werneck

Bem longe do mar, no alto da montanha, dezenas de fi�is se reuniram ontem, na Serra da Piedade, em Caet�, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), para assistir, pela televis�o, � missa celebrada na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro (RJ), pelo papa Francisco. Logo depois da celebra��o lit�rgica das 9h, na pequena ermida erguida no s�culo 18, o reitor do Santu�rio Estadual de Nossa Senhora da Piedade, padre N�dio Lacerda, acompanhou o grupo de cat�licos at� a casa dos peregrinos a fim de ver a multid�o de cerca de 3 milh�es de pessoas na chamada missa de envio e do �ltimo dia da Jornada Mundial da Juventude (JMJ 2013). “Eu estava l�”, disse, com emo��o, a enfermeira Nilce Maria Pinto Oliveira, que aproveitou o fim de semana na serra para comemorar 33 anos de casada com o engenheiro Douglas Machado, ambos de C�ssia, no Sul de Minas, moradores da capital e pais de dois filhos.

O casal foi um dos primeiros a chegar � casa dos peregrinos. “Mesmo pela televis�o, a gente sente a forte energia do papa Francisco e deste momento de comunh�o. O pont�fice deixa aqui no Brasil a mensagem da evangeliza��o. Na verdade, este momento n�o � de despedida, mas de come�o de uma nova jornada”, disse Nilce Maria. Ao lado de Douglas, ele refor�ou a sua f� e disse que a visita j� � hist�rica. O publicit�rio C�ndido Emerson, mineiro residente em S�o Jos� do Rio Preto (SP), se declarou feliz por assistir � missa na Serra da Piedade. “Aqui � bem mais bonito do que Copacabana, a gente sente a presen�a de Deus, a sua ess�ncia”, afirmou.

Integrante de uma caravana de Betim, na RMBH, a dona de casa Rosana Soares de Oliveira contou que estava emocionada com a missa, mesmo pela telinha. “O papa trouxe paz e harmonia para um Brasil que estava cheio de confus�o, de quebradeira. Tenho certeza de que vai levar para o Vaticano o amor e o fervor do povo brasileiro”, comentou Rosana. Durante a missa, os devotos ficaram em sil�ncio absoluto, como se o altar estivesse montado bem � frente. E, durante a ora��o do pai-nosso, deram as m�os e depois se cumprimentaram.

Ainda com os paramentos da missa das 9h, padre N�dio dava aten��o a todos e, mesmo durante a missa, foi obrigado a desgrudar os olhos da tev� para dar a b�n��o a alguns romeiros. “A visita do papa resgatou a semente da alegria e fez desabrochar a f�. Acho que o pont�fice est� saindo do pa�s realmente encantado com a recep��o dos brasileiros”, afirmou. O reitor explicou ainda que a missa de envio significa o come�o. “Conclu�da esta semana da JMJ, cada um tem, agora, a sua miss�o na fam�lia, no trabalho, na escola, enfim, em todos os lugares. O papa deixa a marca da f� e tamb�m o compromisso de todos com os jovens e os velhos.”