A Igreja n�o pode julgar os gays por sua op��o sexual e nem marginaliz�-los. O alerta � do papa Francisco que, quebrando um verdadeiro tabu, deixa claro que estende sua m�o a esse segmento da sociedade. “Se uma pessoa � gay e procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu pra julg�-lo”, declarou. “O catecismo da Igreja explica isso muito bem. Diz que eles n�o devem ser marginalizados por causa disso, mas devem ser integrados na sociedade”, insistiu.
30 minutos depois de o voo decolar do Rio, o papa deixou sua primeira classe e cumpriu uma promessa que havia feito no voo de ida de Roma ao Brasil: responderia perguntas dos jornalistas. Mas poucos imaginaram que a conversa duraria quase uma hora e meia.
Para o papa, o problema n�o � a exist�ncia do “lobby gay” dentro da Igreja, mas de qualquer lobby. “o problema n�o � ter essa tend�ncia. Devemos ser como irm�os. O problema � o lobby dessas tend�ncias de pessoas gananciosas, lobby pol�tico e tantos outros lobbies. Esse � o principal problema”, disse.
Pela primeira vez, Francisco ainda deixa claro que, para ele, abusos sexuais contra menores por parte de religiosos n�o s�o apenas pecados, mas crimes que devem ser julgados.
Mas se a posi��o sobre os gays e sobre o abuso sexual pode representar uma mudan�a, Francisco deixa claro que n�o haver� uma nova opini�o do Vaticano sobre a presen�a das mulheres na Igreja, sobre o aborto ou sobre o casamento homossexual.
O papa aproveitou a conversa para anunciar que vai exigir transpar�ncia e honestidade no Vaticano e garantiu que sua reforma vai continuar. “Esses esc�ndalos fazem muito mal”, disse.
Antes de responder �s perguntas, ele elogiou o “grande cora��o dos brasileiros”, disse que a viagem “fez bem para sua espiritualidade” e ainda disse que a organiza��o do evento foi excelente. “Parecia um cron�metro”.