A primeira testemunha a ser ouvida no segundo julgamento sobre o massacre do Carandiru � o perito da Pol�cia T�cnica Cient�fica, Osvaldo Negrini Neto, que trabalhou no caso. Questionado pela acusa��o, Negrini confirmou que os buracos de tiros eram vistos de dentro das celas do Carandiru e n�o nos corredores.
A pedido da promotoria, Negrini detalhou o trabalho de identifica��o dos vest�gios de proj�teis pela per�cia e de remo��o dos corpos dos detentos do Carandiru. Segundo ele, n�o havia luz e foi necess�ria uma lanterna para trabalhar no ambiente. Ele identificou uma gosma vermelha na escadaria que ligava o segundo pavimento ao primeiro. O perito contou ainda que n�o encontrou c�psulas dos proj�teis na cena do massacre. "Embora eu tenha visto celas com marcas de bala, n�o vi vest�gios de estojo ou proj�til".
Negrini relatou que a falta de higiene e de luz prejudicou o trabalho da per�cia. Segundo a testemunha, havia entre os t�cnicos da vistoria o medo de cont�gio da AIDS, doen�a pouco conhecida na �poca e que era muito comum entre os presos.
Depois de uma breve pausa no julgamento, por volta das 16h o perito come�ou a ser interrogado pela advogada de defesa, Ieda Ribeiro de Souza.
Nesta segunda-feira, 29, primeiro dia do julgamento, dep�em as testemunhas de acusa��o. Depois da oitiva de Negrini, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justi�a de S�o Paulo, dois ou tr�s depoimentos em v�deo - de testemunhas que falaram no primeiro j�ri, em abril deste ano - ser�o assistidos. A previs�o � de que as testemunhas de defesa comecem a ser ouvidas nesta ter�a-feira, 30.
