(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cabral admite que errou ao dialogar pouco com a sociedade


postado em 01/08/2013 12:14

Pressionado por protestos quase di�rias na porta de sua casa e do Pal�cio Guanabara, sede oficial do governo do Rio, e mal avaliado nas pesquisas, o governador S�rgio Cabral Filo (PMDB) reconheceu nesta quinta-feira que errou ao dialogar pouco com aliados e a sociedade. "Evidente que houve esse movimento nacional (protestos) que desgastou todos os governantes. As institui��es ficaram debilitadas e questionadas. Mas no Rio eu cometi erros de di�logo, que sempre foi minha marca", afirmou.

"Fui presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) oito anos. Galeria cheia, com aplausos e vaias, eu tive a vida inteira. Quantas vezes eu ia para com�cios com grupos me vaiando, tentando me atacar. Quando eu fiz a primeira licita��o de vans intermunicipais, havia grupos que me cercavam e amea�avam fisicamente. Da minha parte, faltou mais di�logo e capacidade de compreens�o; n�o sou uma pessoa soberba. Ao contr�rio, sempre fui determinado ao di�logo. Democracia � um bem intang�vel imaterial e inquestion�vel que o Brasil alcan�ou. Temos de preserv�-la", disse, em entrevista � R�dio CBN.

Pez�o
O governador do Rio reafirmou que o vice-governador Luiz Fernando Pez�o (PMDB) ser� lan�ado candidato ao governo do Estado nas elei��es de 2014. Cabral, no entanto, disse que "ainda n�o cogitou" a hip�tese de se desincompatibilizar antes do t�rmino do mandato, em dezembro de 2014. Em reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal O Dia, o presidente do Diret�rio Estadual do PMDB do Rio, Jorge Picciani, diz que o governador, que est� no segundo mandato, deixar� o cargo em abril para que o filho Marco Ant�nio possa se lan�ar candidato a deputado federal.

"O presidente do partido (Picciani) tem obriga��o de discutir pol�tica e o futuro do partido. Governadores em segundo mandato, como Eduardo Campos (de Pernambuco, presidente nacional do PSB), Jaques Wagner (da Bahia, do PT), e Cid Gomes (do Cear�, do PSB), est�o discutindo com seus partidos o que far�o em 2014: se ficam at� o t�rmino do mandato ou se se desincompatibilizam. Em 2010, em Minas, o governador A�cio Neves (PSDB) deixou o mandato para disputar o Senado. J� o governador do Esp�rito Santo, Paulo Hartung (PMDB), ficou at� o final. Aqui no Rio, j� teve governador que deixou mandato para disputar a Presid�ncia da Rep�blica (referindo-se ao antecessor e ex-aliado Anthony Garotinho). Faz parte do processo democr�tico. Ainda estamos avaliando. S�o v�rias hip�teses", disse Cabral � CBN.

Perguntado, novamente, se vai se desincompatibilizar antes do fim do mandato, ele respondeu: "(A hip�tese) N�o chegou a ser cogitada por n�s. Mas a oportunidade de Pez�o ser o candidato est� mantida. Vamos lan��-lo candidato a governador. � um quadro extraordin�rio, com sensibilidade pol�tica e social extraordin�ria, e uma capacidade administrativa grande. Se voc� pegar o Rio de Janeiro de 2006 e o de 2013, houve evolu��o em muitos servi�os p�blicos. Longe do ideal, � verdade, temos muito a percorrer. Sobretudo no Estado do Rio, com 16 milh�es de habitantes. Uns setores avan�aram mais, outros menos. S�o quest�es que beneficiam a popula��o. Gra�as a Deus, estamos numa democracia. Est� ratificada a candidatura do Pez�o ao governo do Estado".

Helic�pteros
Cabral negou haver exagero no uso helic�pteros da frota oficial do governo estadual e disse que criar� um protocolo de uso das aeronaves. Reportagem da revista Veja revelou que o governador usava, diariamente, helic�pteros oficiais para ir de casa para o trabalho, num percurso de menos de dez quil�metros. De acordo com a revista, Cabral tamb�m usa helic�pteros oficiais para transportar a fam�lia e o cachorro para sua casa de praia, em Mangaratiba, no litoral sul do Estado, aos fins de semana.

"N�o havia nenhum protocolo de uso. Aqui no Rio fizemos uma pesquisa para verificar onde havia regras do uso de helic�pteros. Encontramos uma regula��o, se n�o me engano de 2005, em Minas Gerais. Uma do Par�, de 2011. E do governo federal, que se refere mais a avi�es, de 1999. Eu jamais exagerei e sempre fui pautado pela orienta��o do Gabinete Militar. Mas as manifesta��es, o que aconteceu de mais evidente, foi o desejo genu�no e bonito de aperfei�oamento do processo democr�tico. Essa quest�o faz parte desse novo momento. O helic�ptero n�o � do S�rgio Cabral, � do governo do Estado. Quando tem protocolo, passa a ter regras. E fica tudo mais f�cil. � um avan�o para o futuro do Rio."

Caso Amarildo
Cabral voltou a prometer que a pol�cia esclarecer� o sumi�o do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14, ap�s ter sido levado por policiais militares de sua resid�ncia � sede da Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da Favela da Rocinha, para "averigua��o".

"Somos os primeiros a querer saber onde est� o Amarildo. Em comunidades com UPP, os �ndices de criminalidade ca�ram barbaramente. N�o tem situa��es como a do Amarildo como tinha no passado. Queremos descobrir onde est� o Amarildo, o que fizeram com ele, e quem fez. O secret�rio de Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame, est� envolvido pessoalmente. N�o posso estabelecer prazo, mas voc� pode estar certo que n�s temos todo o compromisso de esclarecer o que foi feito, onde est� Amarildo, e pegar os respons�veis."

Maracan�

O governador tamb�m negou que haja suspeitas de superfaturamento na reforma do Maracan�. Disse ainda que a concess�o n�o resultar� na "elitiza��o" do est�dio, uma vez que os pre�os dos ingressos s�o definidos pelos clubes, "como sempre foi". "N�o h� nenhuma suspeita de superfaturamento. Os tribunais de contas acompanharam e acompanham as contas. Foi uma reforma que talvez tenha sido a maior de um equipamento no mundo pelo volume de concreto e pelo que foi modificado."


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)