Divis�o de Homic�dios do Rio vai priorizar investiga��o do desaparecimento do pedreiro Amarildo

A investiga��o do desaparecimento do pedreiro Amarildo foi transferida da 15� Delegacia Policial (DP) para a Divis�o de Homic�dios (DH). Morador da Favela da Rocinha, ele desapareceu no dia 14 de julho, depois de ser levado por policiais militares para a Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) da comunidade, no bairro de S�o Conrado, na zona sul carioca. O delegado Rivaldo Barbosa, titular da DH, disse que tem ordens superiores para tratar o caso como prioridade total. Ele informou que recebeu hoje o relat�rio da 15� DP, onde foi registrada a ocorr�ncia, ap�s reuni�o com parentes do pedreiro na sede do Minist�rio P�blico do estado (MP-RJ), coordenada pelo procurador-geral Marfan Vieira. %u201CEstamos alinhados com o Minist�rio P�blico para procurar a maneira mais r�pida para dar uma resposta satisfat�ria � fam�lia, � comunidade e a toda a sociedade%u201D, declarou. O delegado ressaltou que a investiga��o n�o descarta nenhuma hip�tese sobre o que aconteceu com o pedreiro. %u201CA Divis�o de Homic�dios pergunta: cad� o Amarildo? A gente quer saber e vai atr�s para saber%u201D, disse. Rivaldo Barbosa disse que a reuni�o foi %u201Cextremamente produtiva%u201D e permitiu que se estreitassem os la�os com a fam�lia de Amarildo, representada no encontro pelos filhos Leonardo e Emerson, e a sobrinha Michele. Hoje pela manh�, o delegado informou que fez a primeira dilig�ncia na Rocinha %u201Cpara entender toda a din�mica do evento%u201D e para poder tra�ar as linhas da investiga��o que ser� feita a partir de agora. O promotor do Minist�rio P�blico (MP), Homero das Neves Freitas Filho, vai trabalhar com a Divis�o de Homic�dios no caso. Ele vai tomar conhecimento dos detalhes do inqu�rito e, depois, vai trabalhar junto com a pol�cia. Homero n�o descartou que poder� apoiar a recomenda��o feita pelo coordenador de Direitos Humanos do MP do Rio, M�rcio Moth�, de afastamento do comandante da UPP da Rocinha. %u201CAs inst�ncias do Minist�rio P�blico s�o estanques. Na realidade, quem cuidava do inqu�rito nesses 15 dias era a doutora Marisa Paiva. Eu come�o hoje. Mas, se eu achar que ele tem que ser afastado, endosso a recomenda��o do M�rcio Moth� e vou me movimentar, se necess�rio at� judicialmente, para isso. Por enquanto, n�o posso dar nenhum tipo de opini�o em rela��o a isso%u201D. Apesar de deixar claro que a decis�o de afastar o comandante da UPP compete ao comando da Pol�cia Militar e ao Secret�rio de Seguran�a, Jos� Mariano Beltrame, o promotor disse que poder� intervir. %u201CPodemos ter algum tipo de opini�o em cima disso%u201D. Ressaltou, por�m, que necessita saber o que ocorreu e o que consta do inqu�rito. O delegado Rivaldo Barbosa vai avaliar com a fam�lia do pedreiro as medidas que ser�o tomadas para a prote��o dela, mas o promotor garantiu que tudo ser� sigiloso, %u201Cat� para a pr�pria prote��o deles%u201D. Os filhos de Amarildo e a sobrinha estavam acompanhados, entre outras pessoas, do deputado estadual Geraldo Pudim. O parlamentar vai entrar amanh� (2) na Justi�a com pedido de antecipa��o de tutela, uma vez que %u201CAmarildo estava sob tutela do estado e era mantenedor da fam�lia%u201D, requerendo pens�o para os filhos e a mulher do pedreiro, bem como aluguel social. O valor da pens�o dever� ser estipulado em parceria com a mulher do pedreiro, disse o deputado. Na avalia��o do procurador-geral do MP Estadual, Marfan Vieira, o caso est� bem encaminhado. %u201CEu tenho muito boa expectativa com rela��o a um esclarecimento desses fatos, em um prazo razo�vel, muito embora reconhecendo que seja uma investiga��o muito complexa%u201D, disse. Assegurou que ser� desenvolvido um trabalho s�rio de intelig�ncia que o caso requer. %u201CTem que ter persist�ncia%u201D, completou.