O delegado Rivaldo Barbosa, titular da Divis�o de Homic�dios, vai intimar um policial militar que tem informa��es sobre a retirada da Rocinha de um corpo que poderia ser do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde 14 de julho. O soldado, lotado na Unidade de Pol�cia Pacificadora local, contou que o tio dele, motorista de caminh�o da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb), empresa de limpeza urbana da prefeitura carioca, foi obrigado a transportar o cad�ver de um homem.
Segundo o relato, homens armados sa�ram da mata, renderam o motorista e ordenaram que seguisse direto para o dep�sito final, no Caju, sem fazer outras paradas. O epis�dio ocorreu no dia 28 de julho, 14 dias depois da morte do pedreiro. No s�bado, o delegado Rivaldo Barbosa fez nova per�cia complementar na UPP da Rocinha - a segunda, em dias consecutivos. Barbosa disse que a medida faz parte de uma estrat�gia de aproxima��o dos moradores da favela.
O ajudante de pedreiro desapareceu depois de supostamente confundido com um traficante e levado por policiais da UPP. Na delegacia, o engano foi desfeito, e Amarildo liberado. Ele n�o foi mais visto. O sumi�o do ajudante de pedreiro motivou protestos. Inicialmente, apenas moradores da Rocinha fizeram uma passeata. Logo, cartazes com a pergunta "Cad� Amarildo?" come�aram a surgir em manifesta��es contra o governador S�rgio Cabral Filho (PMDB). Na semana passada, o desaparecimento de Amarildo foi tema de passeata em S�o Paulo.
A ministra Maria do Ros�rio, da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, afirmou que a primeira suspeita que se deve ter � a de "responsabilidade p�blica" pelo desaparecimento de Amarildo. Os policiais militares que prenderam o ajudante de pedreiro foram afastados do servi�o externo, mas continuam a trabalhar na corpora��o.