
Creditada por moradores a policiais militares, a morte de La�rcio Hil�rio da Luz Neto, de 17 anos, provocou protestos violentos na noite dessa ter�a-feira, 13, no complexo de favelas da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Tr�s �nibus foram incendiados. Uma patrulha da Pol�cia Militar (PM) teve todos os vidros quebrados. O corpo do adolescente foi encontrado ontem em cima de uma laje na favela Parque Prolet�rio, que integra o complexo. N�o havia marcas de tiros. Aparentemente, ele foi morto por asfixia, por meio de press�o violenta exercida sobre o pesco�o.
La�rcio estava desaparecido desde a �ltima segunda-feira, 12. De acordo com moradores, ele foi visto pela �ltima vez sendo conduzido por PMs que trabalham na Unidade de Pol�cia Pacificadora (UPP) do complexo. A PM negou envolvimento de seus agentes na morte do rapaz. O comandante das UPPs, coronel Frederico Caldas, esteve no complexo durante a madrugada desta quarta-feira, 14. Ele disse considerar "muito prematuro" afirmar que a morte de Luz Neto estaria relacionada a uma suposta abordagem policial.
O coronel providenciou a realiza��o de per�cia no im�vel em que o cad�ver foi localizado. A �rea foi isolada e especialistas do setor de pol�cia t�cnica da Secretaria de Seguran�a P�blica do Estado trabalharam a partir das 2h. A Divis�o de Homic�dios da Pol�cia Civil, que enviou policiais � favela para acompanhar a per�cia, deve assumir as investiga��es ainda nesta quarta.
Avisado por meio de telefonema, Ladilson Hil�rio, pai da v�tima, foi para o Parque Prolet�rio. O filho n�o morava com ele. Em entrevista ao programa Bom Dia Rio, da Rede Globo, Hil�rio disse acreditar na vers�o dos moradores. "Pegaram meu filho na covardia. N�o s�o todos os policiais que sabem trabalhar dentro de uma comunidade".