A maioria dos 522 m�dicos formados no exterior e que vir�o ao Brasil no �mbito do programa Mais M�dicos atuam hoje na Argentina (141), Espanha (100) e Cuba (74). Segundo o cronograma do Minist�rio da Sa�de, que divulgou as informa��es na manh� desta quarta-feira, 14, esses profissionais chegam ao Pa�s entre 23 e 25 de agosto. Depois disso, far�o um curso de acolhimento, que contar� com aulas de legisla��o, sa�de ind�gena e doen�as tropicais.
"Precisamos mudar a mentalidade de que sa�de s� se faz dentro do hospital. Precisamos refor�ar a mentalidade de que a sa�de come�a onde as pessoas vivem e trabalham, fora do hospital. Temos que parar com a ideia de que atendimento � quando tem tomografia e interna��o e que m�dico bom � o que pede um monte de exame", disse.
O ministro lembrou ainda que, se o m�dico participante do programa desistir nos primeiros seis meses, ter� que reembolsar os recursos. Se ele for estrangeiro, al�m de devolver a verba, perder� o direito do continuar no Pa�s.
Dentre os munic�pios considerados priorit�rios pelo Minist�rio da Sa�de, 703 n�o foram selecionados por nenhum profissional - brasileiro ou estrangeiro - na primeira fase de sele��o do programa Mais M�dicos. Entre eles, 604 s�o de extrema pobreza e 97 est�o em regi�es metropolitanas.
"S�o munic�pios concentrados ainda mais no interior do Pa�s, alguns nas regi�es metropolitanas, em cidades com concentra��o de pobreza. Tem maior concentra��o no Norte e Nordeste, mas tamb�m tem nas outras regi�es", disse o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha. Segundo a pasta, a maior parte est� nos Estados Amazonas, Bahia e Maranh�o. "O diagn�stico principal � que temos n�mero insuficiente de m�dicos no Pa�s para dar conta de todas as car�ncias", disse Padilha.
O ministro avalia ainda que mais munic�pios do interior do Pa�s ser�o contemplados pelo programa. "Mais munic�pios foram atendidos com a entrada de m�dicos formados fora do Brasil. Houve sobretudo deslocamento do litoral para o interior do Pa�s", disse. Segundo ele, cidades que ficam em regi�o de fronteira, especialmente na Regi�o Sul e no Acre, passaram a ser ocupadas com a entrada de m�dicos com forma��o fora do Brasil.