Estado com o maior �ndice de tuberculose do pa�s, o Rio de Janeiro lan�ou nesta ter�a-feira um plano de a��o contra a doen�a. A estrat�gia, que tamb�m pretende combater a aids, prev� um pacto com os 92 munic�pios para reduzir os casos e melhorar o tratamento dessas doen�as, segundo o superintendente de Vigil�ncia Epidemiol�gica da Secretaria Estadual de Sa�de, Alexandre Chieppe.
Segundo a Secretaria Estadual de Sa�de, para a aids, por exemplo, o plano prev� o prazo m�ximo de 15 dias para o resultado do exame de detec��o e uma semana ap�s o resultado para a primeira consulta. No caso da tuberculose, est� prevista a reforma de dois centros estaduais de refer�ncia, o Hospital Estadual Santa Maria e o Instituto Estadual de Doen�as do T�rax Ary Parreiras. H� ainda a previs�o de triplicar os leitos para pacientes com tuberculose multirresistente.
“A ideia de pactuar isso com as prefeituras � dar visibilidade a doen�as que estavam esquecidas. N�o � incomum hoje as pessoas perguntarem se a tuberculose ainda existe. Na verdade, o que a gente quer mostrar primeiro � que essas doen�as t�m um impacto muito grande na sa�de p�blica do estado”, disse Chieppe.
De acordo com a secretaria, a taxa de incid�ncia da tuberculose � 68,7 casos por 100 mil habitantes, taxa 13 vezes maior do que a considerada aceit�vel pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), que � 5 por 100 mil. As taxas s�o ainda maiores em cidades como o Rio de Janeiro (91,2 por 100 mil) e S�o Jo�o de Meriti (93 por 100 mil), cidade da Baixada Fluminense que � uma das mais povoados do pa�s.
Todos os anos, cerca de 800 pessoas morrem da doen�a no estado. O bacilo de Koch, bact�ria que provoca a tuberculose, � transmitida pelo ar. A Secretaria de Sa�de acredita que um dos principais motivos da grande incid�ncia da doen�a � o adensamento populacional, com casas pouco arejadas e ventiladas que ajudam a disseminar a bact�ria.
Os principais sintomas s�o tosse persistente por mais de tr�s semanas, cansa�o, emagrecimento, perda de apetite e suor noturno. O tratamento dura pelo menos seis meses. Segundo a Secretaria de Sa�de, pacientes com aids s�o mais suscet�veis � doen�a devido � queda da imunidade.