Manifestantes continuam na C�mara do Rio

Apesar da reintegra��o de posse concedida pela Justi�a na noite de ter�a-feira, 20, sete manifestantes permaneciam ocupando a C�mara de Vereadores do Rio de Janeiro at� as 9h desta quarta, 21. Um dos ativistas disse que o grupo s� vai deixar o Pal�cio Pedro Ernesto - ocupado desde o �ltimo dia 9 - ap�s ser oficialmente notificado por um oficial de Justi�a. "N�o haver� resist�ncia. Desde o in�cio da ocupa��o tentamos em todos os momentos manter um di�logo aberto com a dire��o da Casa, expondo nossos pontos de vista. Tudo da maneira mais democr�tica poss�vel. Ent�o s� vamos sair quando recebermos o mandado de reintegra��o de posse. At� l�, vamos continuar aqui", disse o rapaz, que como o restante do grupo pede para n�o ter a identidade revelada.

Ap�s terem sido informados pela imprensa da decis�o judicial, os manifestantes passaram a madrugada em vig�lia. Todos os objetos que haviam sido doados por simpatizantes do movimento - como colchonetes, cobertores, roupas e comida - j� foram retirados da C�mara de Vereadores e entregues a ativistas que acampam do lado de fora do pal�cio, na Cinel�ndia. Al�m dos ativistas, apenas seguran�as da Casa passaram a madrugada no local - n�o h� mais policiais militares.

Depois que sa�rem da C�mara, os manifestantes prometem continuar do lado de fora pelo menos at� amanh�, 22, quando ser� realizada mais uma reuni�o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) dos �nibus. Os ativistas exigem, entre outros pontos, a substitui��o de quatro dos cinco vereadores que comp�em da CPI - integrantes da base do prefeito Eduardo Paes (PMDB) que n�o assinaram o requerimento de instala��o da comiss�o. Eles tamb�m querem que o quinto membro da CPI, Eliomar Coelho (PSOL), seja al�ado a presidente da Comiss�o, j� que ele foi o autor do pedido para a cria��o da CPI.

A reintegra��o de posse da C�mara foi concedida pelo desembargador Fernando Fernandes, da 13ª C�mara C�vel do Tribunal de Justi�a do Rio. Em sua decis�o, o magistrado escreveu que "n�o h� necessidade, evidentemente, de se ocupar os recintos do pr�dio p�blico de uso especial, passando a morar no local, que n�o est� preparado para tanto". Segundo ele, "n�o se est� discutindo a legitimidade ou n�o de quaisquer atos de manifesta��o popular pac�fica (...), mas, sim, a necessidade de prote��o do bem jur�dico (...) e do patrim�nio imobili�rio do poder p�blico, que � de todos e que, em benef�cio da coletividade, deve ser preservado".

Inicialmente o pedido de reintegra��o de posse havia sido negado pela 6ª Vara de Fazenda P�blica.