Bras�lia - Dias depois de o Minist�rio P�blico Federal no Distrito Federal decidir instaurar inqu�rito civil para apurar supostas viola��es de direitos humanos no programa Mais M�dicos, o ministro da Advocacia-Geral da Uni�o, Lu�s In�cio Adams, disse nesta quinta-feira que o Minist�rio P�blico do Trabalho far� visitas in loco para verificar a atua��o de profissionais estrangeiros no Brasil. De acordo com o ministro, o Pal�cio do Planalto est� "absolutamente tranquilo" com eventuais questionamentos que possam ser feitos em rela��o ao programa Mais M�dicos, alvo de contesta��o de associa��es m�dicas.
"Estamos absolutamente tranquilos, tivemos uma reuni�o com o Minist�rio P�blico do Trabalho e fizemos uma exposi��o do programa, mostramos a import�ncia, o significado, como ele vai funcionar e acertamos com o Minist�rio P�blico do Trabalho uma din�mica de apresenta��o de todos os elementos desse programa para eles poderem fazer a an�lise deles", afirmou Adams, antes de participar da reuni�o.
De acordo com Adams, por sugest�o do pr�prio governo federal, as autoridades do Minist�rio P�blico do Trabalho dever�o fazer visitas para conhecer os locais de trabalho, os m�dicos estrangeiros e inclusive entrevist�-los. "Devemos a partir de amanh� (sexta-feira), com a minha assessoria e o procurador designado pra investiga��o, fazer uma primeira reuni�o e nessa reuni�o j� estabelecer um cronograma, um sistema de trabalho, levando todas as documenta��es necess�rias."
O Minist�rio P�blico Federal quer ter acesso � c�pia do acordo de coopera��o t�cnica para ampliar o acesso da popula��o brasileira � aten��o b�sica em sa�de, que foi assinado pelo governo com a Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (Opas).
Para Adams, n�o h� ilegalidade nenhuma no pagamento dos profissionais e a investiga��o n�o ser� limitada aos cubanos. "J� se fez programas semelhantes no passado, n�o tivemos problemas, n�o h� por que um programa como esse n�o vingar, ainda mais porque traz tantos benef�cios para a popula��o brasileira e para as popula��es em que a presen�a m�dica n�o existe", frisou o ministro.