A reconstitui��o dos momentos que antecederam o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha, no Rio de Janeiro, ser� realizada neste domingo. De acordo com a Pol�cia Civil, as duas principais hip�teses investigadas para esclarecer o sumi�o do pedreiro s�o: envolvimento de PMs ou de remanescentes do tr�fico na comunidade.
Nesta quinta-feira, o Minist�rio P�blico do Rio (MPRJ) encaminhou representa��o para que seja analisada uma proposta de a��o civil p�blica contra cinco PMs, entre eles o comandante da UPP da Rocinha, major Edson Raimundo dos Santos. O documento pede a suspens�o do porte, o recolhimento das armas nos nomes dos acusados e seus distintivos e sua eventual expuls�o da corpora��o. O pedido, da promotora Marisa Paiva, diz respeito �s a��es dos PMs durante a opera��o "Paz Armada", que resultou no desaparecimento do ajudante de pedreiro, Amarildo de Souza.
Paralelamente ao procedimento c�vel, na esfera penal tamb�m s�o investigados crimes de tortura e abuso de autoridade com a possibilidade de oferecimento de den�ncia contra os PMs.
Segundo a den�ncia do MP, o descumprimento aos direitos humanos por parte dos policiais na UPP da Rocinha j� tinham sido denunciados no m�s de abril � Comiss�o de Seguran�a e Priva��o de Liberdade do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro.
Oito moradores da Rocinha prestaram depoimentos na quarta-feira e confirmaram as den�ncias que j� haviam sido encaminhadas ao MPRJ por outros moradores, atrav�s da ouvidoria e em outros procedimentos instaurados pela pol�cia. A maior parte das den�ncias revela abusos de autoridade e tortura.
Amarildo desapareceu no dia 14 de julho, depois de ser levado por policiais para a sede da UPP da Rocinha. Os ve�culos da unidade estavam com o GPS desligado na noite em que ocorreu o caso, o que impossibilita que a Pol�cia Civil possa verificar, agora, se algum dos carros fez um caminho suspeito ou deixou a comunidade. A Pol�cia j� havia informado que, naquela noite, n�o estavam funcionando duas das c�maras de monitoramento da UPP que poderiam confirmar a vers�o do comandante da unidade, major PM �dson dos Santos, de que Amarildo deixou o local a p�, descendo as escadas de acesso � Rua Dioneia.