O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, disse hoje que a falta ao primeiro dia de trabalho dos brasileiros selecionados para o Programa Mais M�dicos refor�a a necessidade de trazer profissionais de outros pa�ses. No Distrito Federal, por exemplo, dos 15 m�dicos brasileiros escolhidos, apenas nove se apresentaram ontem, para iniciar suas atividades. Em Porto Alegre, oito dos 13 profissionais brasileiros selecionados foram trabalhar.
Segundo o ministro, isso revela o drama que munic�pios e estados t�m cotidianamente quando fazem processos de sele��o de m�dicos. "E s� refor�a o diagn�stico de que o Brasil tem um n�mero insuficiente de profissionais m�dicos diante de um mercado muito aquecido. Isso � mais grave ainda para as unidades b�sicas [de sa�de]”, disse Padilha.
“O que aconteceu na chegada dos m�dicos brasileiros, ontem, s� refor�a a import�ncia de termos estrat�gias as mais variadas para trazer mais m�dicos de outros pa�ses", afirmou o ministro.
Perguntado se a desist�ncia de m�dicos indica a possibilidade de sabotagem ao programa federal, Padilha respondeu que tal atitude seria uma perversidade. “Se for, � uma perversidade quase inimagin�vel. Todos os filtros foram feitos para que participasse [do Mais M�dicos] apenas quem realmente tivesse interesse”.
“Se todos os profissionais selecionados pelo Mais M�dicos comparecerem at� o dia 12 de setembro, 4 milh�es de brasileiros que n�o tinham m�dicos passar�o a ser atendidos”, enfatizou Padilha, que falou tamb�m sobre o caso de um m�dico suspeito de ter mutilado e causado les�es corporais em pelo menos 15 mulheres em Manaus, que foi selecionado para atuar em �guas Lindas de Goi�s. O fato foi noticiado pelo jornal Correio Braziliense. Segundo Padilha, a prefeitura do munic�pio foi notificada e o in�cio das atividades do m�dico foi suspenso para que a situa��o seja esclarecida.
“Ele entrou no Mais M�dicos porque o [registro no] CRM [Conselho Regional de Medicina] dele est� ativo, apesar dessa suspeita .J� no dia de hoje, buscamos notificar o CRM para saber o procedimento que est� sendo feito e ver como lidar com o caso desse profissional”, esclareceu o ministro.
Padilha ainda disse que n�o ser� aceita qualquer tentativa de profissionais ou secretarias de Sa�de de mudan�a na carga hor�ria de trabalho de 40 horas semanais dos m�dicos participantes do programa. Em Alagoas, m�dicos foram exclu�dos do programa por proporem uma jornada menor que a fixada pelo Mais M�dicos.