O Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) e a Comiss�o de Combate � Intoler�ncia Religiosa (Ccir) se reuniram nesta ter�a-feira para debater o pedido de instaura��o de inqu�rito para investigar a den�ncia de que traficantes que se declaram evang�licos e que vivem em Vaz Lobo e em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio, est�o proibindo religi�es de matriz africana de manter cultos na regi�o.
“Isso n�o come�ou hoje, vem desde 2008. Precis�vamos conversar neste momento com o Minist�rio P�blico para conseguir uma atua��o mais concreta. Amanh� vamos levar um documento para entregar ao minist�rio e pretende-se instaurar uma a��o civil p�blica para que possa haver uma investiga��o de tudo que pode estar por tr�s deste tipo de atitude”, disse Santos.
O documento ser� elaborado nesta quarta-feira, ainda sem uma pauta definida, mas os representantes da comiss�o falam em abordar a quest�o da constru��o do Plano Nacional contra a Intoler�ncia Religiosa. A Coordenadoria de Direitos Humanos do Minist�rio P�blico se comprometeu a apoiar o combate a esse tipo de crime, repudiando qualquer tipo de preconceito e repress�o � liberdade do ser humano.
O procurador M�rcio Moth� faz parte da coordenadoria e reiterou que o caso deve ser tratado como algo grav�ssimo. “A comiss�o vai nos entregar um documento que encaminharemos aos promotores da Tutela Coletiva de Cidadania e pretende-se que seja instaurado um inqu�rito civil para que o promotor da �rea possa identificar os locais onde est�o ocorrendo maior intoler�ncia. H� a not�cia grave de que seria o tr�fico e uma determinada religi�o influenciando, fazendo uma press�o em detrimento de outra. Isso ser� apurado e o Minist�rio P�blico tomar� as provid�ncias cab�veis a partir disso”.
A Comiss�o de Combate � Intoler�ncia Religiosa foi criada em 2008, devido ao aumento do n�mero de casos semelhantes. Para o delegado de pol�cia respons�vel pelo n�cleo de combate � intoler�ncia religiosa, Henrique Pessoa, o di�logo com o MP-RJ demonstra o avan�o no tratamento a esse tipo de assunto.
“Acredito que � uma atua��o muito oportuna, vai ter um aspecto emblem�tico e did�tico muito forte. � uma tentativa que vem ocorrendo h� seis anos, tentando mostrar que o Estado est� ciente, est� realmente observando o fato com a devida relev�ncia, porque muitas vezes as pessoas tendem a achar que o fato � de menor relev�ncia, quando isto envolve uma dimens�o �nica da pessoa, qual seja sua escolha religiosa”, disse Henrique Pessoa.