Depoimentos confirmam superlota��es da Kiss

Testemunhas da trag�dia da boate Kiss confirmaram � Justi�a que a casa noturna ficava superlotada com frequ�ncia em nova rodada de depoimentos ao juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Fonseca Louzada, nesta quinta-feira.

Uma ex-funcion�ria do estabelecimento disse que a admiss�o de p�blico excessivo era constante e que n�o lembra de a administra��o limitar a entrada de pessoas alguma vez. Um frequentador lembrou que conseguiu sair rastejando do tumulto que se formou quando o fogo se alastrou pelo teto do edif�cio. Outro reiterou que as grades de conten��o dificultaram a sa�da do p�blico.

A trag�dia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro e, conforme apurou a pol�cia, foi provocada pelo uso de artefato pirot�cnico durante show da banda Gurizada Fandangueira. Uma fagulha chegou ao teto e passou a queimar a espuma do revestimento ac�stico. Como a casa estava superlotada, houve tumulto e muitos frequentadores n�o conseguiram sair dela a tempo de se salvar. A maioria das 242 v�timas morreu por asfixia. Dois propriet�rios da casa e dois integrantes do conjunto musical s�o r�us do processo criminal, que est� em fase de instru��o, e ser�o julgados por j�ri popular.

Presidente da CPI morre

A vereadora Maria de Lourdes Castro (PMDB), de 56 anos, que presidiu a CPI da Boate Kiss na C�mara de Santa Maria, morreu na madrugada desta quinta-feira. Ela vinha se queixando de dores nas costas e no peito e sofreu uma parada card�aca. O corpo da parlamentar foi enterrado no final da tarde desta quinta-feira.

A CPI funcionou do in�cio de mar�o ao in�cio de julho e, ao final, entendeu que os agentes p�blicos que autorizaram o funcionamento da boate n�o infringiram a legisla��o existente no munic�pio.