Dois ex-funcion�rios da boate Kiss de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, prestaram depoimentos nesta ter�a-feira, 10, na fase de instru��o do processo criminal que apura as responsabilidades pela trag�dia que matou 242 pessoas em 27 de janeiro. O casal de seguran�as, Rute Brilhante da Cruz e Daniel Alc�ntara da Cruz, afirmou que n�o barrou a sa�da dos clientes no momento do inc�ndio.
Tamb�m prestaram depoimentos ao juiz da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, Ulysses Louzada, outros dois sobreviventes. Brian Zepenfeldi, que ficou 17 dias em coma por causa da intoxica��o pela fuma�a, afirmou que a sa�da da boate ficou trancada. “A porta estava fechada e as pessoas batiam para sair”, disse Brian.
Gregory Licht dos Santos lembrou que salvou duas meninas que ficaram prensadas nas grades de ferro. “Elas n�o esbo�avam nenhuma rea��o, s� choravam”, disse.
Rute e Cruz negam a vers�o dos rapazes, mas testemunhas contam que os seguran�as teriam contido quem tentava deixar o local sem pagar a comanda. “No momento em que a porta foi aberta, o pessoal nem sabia o que estava acontecendo. A�, (Elissandro Spohr) o Kiko j� havia liberado”, disse Cruz.
Rute ressaltou que nunca recebeu qualquer tipo de treinamento de combate a fogo e que a Kiss, na noite da trag�dia, estava com lota��o m�xima: “Acredito que havia 700 pessoas”.