Os m�dicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior que est�o passando por curso antes de iniciar as atividades no Mais M�dicos ter�o de responder a apenas tr�s perguntas e participar de uma simula��o de atendimento para que o governo avalie se eles est�o aptos a atuar no Pa�s. Um dos questionamentos do teste marcado para sexta-feira, 13, � o preenchimento correto de um prontu�rio m�dico.
O exame final ser� aplicado ap�s o t�rmino do curso pelos pr�prios professores que ministram as aulas. Desde o lan�amento do programa, o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, tem reiterado que os m�dicos que n�o fossem aprovados nessa etapa seriam exclu�dos.
O teste ser� padronizado e coordenado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), �rg�o vinculado ao Minist�rio da Educa��o (MEC) e respons�vel pelas avalia��es da pasta, entre elas o Revalida - prova aplicada para revalida��o do diploma de m�dicos formados no exterior.
Obrigat�rio para os profissionais estrangeiros que queiram trabalhar no Brasil - com exce��o do Mais M�dicos -, o Revalida ocorre em duas etapas. A primeira � composta por 110 quest�es objetivas e a segunda, por uma avalia��o pr�tica. Considerado exigente, tem taxas baixas de aprova��o, inferiores a 10%.
“O Revalida n�o pergunta ao m�dico se sabe preencher um prontu�rio. Isso � b�sico e secund�rio em uma prova assim. Mesmo um estudante tem de saber contar uma hist�ria para fazer uma reda��o. O que um m�dico precisa saber s�o os sintomas das doen�as mais comuns e como fazer o tratamento, al�m da legisla��o”, diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d’�vila.
Formandos do Estado de S�o Paulo s�o obrigados a fazer o exame do Conselho Regional de Medicina de S�o Paulo (Cremesp), composto de 120 quest�es. No ano passado, 54,5% foram reprovados.
As discrep�ncias entre os testes aplicados regularmente no Pa�s e a prova marcada para sexta-feira provocam pol�mica e cr�ticas. Para Pietro Novellino, presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), tr�s quest�es s�o insuficientes. “Acho muito pouco. N�o precisa ser uma avalia��o super aprofundada, mas deveria ter mais rigor e cobrar princ�pios b�sicos da cl�nica m�dica, conhecimentos gerais sobre Medicina de Fam�lia, cuidados prim�rios e itens sobre pequenas cirurgias”, diz.
Milton Arruda Martins, professor titular de Cl�nica M�dica da USP, segue o mesmo racioc�nio. “Saber preencher um prontu�rio m�dico � uma condi��o b�sica, especialmente para um estrangeiro. N�o acho que s� essa avalia��o seja suficiente.”
Resultados. O MEC informou que a prova escrita � s� um dos componentes de avalia��o. Segundo a pasta, os m�dicos t�m sido avaliados permanentemente durante o curso por meio de outras atividades, n�o detalhadas ontem. O �rg�o ainda afirmou que todo o conte�do ministrado ao longo de tr�s semanas, e tamb�m conhecimentos de L�ngua Portuguesa em situa��es de atendimento m�dico, v�o ser objeto do teste. O governo, por�m, n�o vai cobrar a profici�ncia na l�ngua.
Condi��o para o funcionamento do programa, a publica��o dos resultados nessa prova n�o tem data para ser divulgada, apesar de o cronograma prever que os m�dicos comecem a trabalhar na segunda-feira. Segundo o MEC, os exames come�ar�o a ser corrigidos logo ap�s a aplica��o, ainda na sexta.