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Estado de Minas

Popula��o reclama da falta de produtos nas farm�cias populares do Rio

De acordo com a reportagem, faltam rem�dios conhecidos como o omeprazol, al�m de vitaminas, antibi�ticos e at� fraldas geri�tricas


postado em 11/09/2013 16:07

As farm�cias populares mantidas pelo governo do Rio de Janeiro est�o praticamente sem estoque. Na unidade do M�ier, na zona norte, a reportagem encontrou as prateleiras vazias, assim como as cadeiras de espera. Os funcion�rios, que preferem n�o se identificar, confirmam que faltam muitos medicamentos e produtos entre os 52 oferecidos pelo programa.

A dona de casa Vilma Cabral esteve no local para comprar fraldas geri�tricas para o pai, Ant�nio Gomes Pereira, de 76 anos, e foi informada de que n�o encontraria o produto. “Eu venho toda semana, duas, tr�s, quatro vezes, e n�o tem fralda desde o dia 25. A gente paga aqui R$ 8 por quatro pacotes, sai bem em conta. Na drogaria sai a R$ 21, cada pacote. Ningu�m explica nada, a gente chega aqui e eles j� falam 'n�o tem fralda', nem deixam a gente entrar”, se queixa.

A aposentada Zilda Amaral de Oliveira, de 70 anos, mora na Ilha do Governador e, h� tr�s meses, n�o encontra a ranitidina, rem�dio para �lcera no est�mago, na farm�cia popular do bairro. “No posto da Ilha, eles falam que n�o est�o entregando mais a ranitidina, que � para tomar o omeprazol, que tamb�m � para o est�mago, que � melhor. O omeprazol tamb�m estava em falta, mas agora eu consegui comprar para tr�s meses. A ranitidina tem na farm�cia normal, mas � cara, na faixa de R$ 20, fica caro, e l� eu pagava R$ 1, ent�o estou sem tomar”.

De acordo com o Instituto Vital Brasil, respons�vel pelo Programa Farm�cia Popular do Estado do Rio de Janeiro, a distribui��o das fraldas sofreu “retra��o por parte de seu fornecedor, devido a uma quebra de contrato do fabricante”. O diretor administrativo do instituto, Paulo Bravo, explica que a fabrica��o das fraldas foi prejudicada pela alta do d�lar, j� que os dois principais insumos usados - o flocgel [um pol�mero sint�tico superabsorvente] e a celulose - s�o importados.

“O flocgel � feito do petr�leo, mas a gente ainda n�o consegue fabricar, e a celulose de fibra mais longa, usada na fralda, tamb�m n�o � fabricada no Brasil. Quando o d�lar dispara, o importador fica segurando a importa��o, para n�o repassar para o mercado. Ele fica esperando a moeda estabilizar para fazer a cota��o dele. E, com isso, a gente sofre, porque a gente compra uma quantidade muito grande de fralda”.

Sobre os medicamentos em falta, o instituto informa que a compra est� em processo de licita��o, mas que tem encontrado dificuldades em conseguir os tr�s or�amentos exigidos pela lei, e por isso o preg�o ainda n�o foi feito. “� muito dif�cil trabalhar assim, quando [a empresa] v� que a quantidade � muito grande, o volume � muito grande, ningu�m quer expor seu pre�o. � falta de interesse dos fornecedores”, diz Bravo.

Para ele, pode haver manipula��o das empresas para que haja dispensa de licita��o. “A pr�tica de mercado � essa. Quando � um outro bem, que � f�cil colocar no mercado, a gente consegue cotar, mas quando come�a a pedir pre�o para fazer cota��o dos medicamentos, ele [o fornecedor] sabe que n�o vai vender f�cil, ele recebe e diz que n�o tem disponibilidade. Mas se voc� disser que � para compra direta, ele te fornece o pre�o todo”.

O diretor informa que est� sendo feita uma compra emergencial para uma quantidade reduzida de 22 medicamentos, entre eles a ranitidina, amoxicilina (antibi�tico), o �cido f�lico (vitamina B9, suplemento recomendado para gr�vidas, por ser necess�rio � forma��o de prote�nas estruturais e hemoglobina) e o aciclovir (antiviral para o tratamento de herpes). O processo deve ser fechado hoje e os produtos estar�o dispon�veis a partir da semana que vem, segundo o diretor.

Quanto �s fraldas, Bravo diz que o fornecedor se comprometeu a entregar o produto tamb�m na semana que vem. O Programa Farm�cia Popular do Estado do Rio de Janeiro atende a idosos e pessoas com defici�ncia e tem 60 mil usu�rios cadastrados. S�o oferecidos nas 19 unidades da rede, a pre�os subsidiados, 52 medicamentos e dois tamanhos de fralda geri�trica.


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