A chegada de frentes frias mais intensas, acompanhadas de chuvas fortes, aliada � falta de investimentos em obras de conten��o e na realoca��o de moradores, pode causar trag�dias na regi�o serrana do Rio. O alerta � da procuradora da Rep�blica Luciana Gadelha, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT) Desastres Naturais e Moradia. Ela se reuniu hoje (23) com integrantes dos governos estadual e federal para discutir a elabora��o e projetos na �rea de habita��o e de preven��o a desastres naturais. %u201CA situa��o est� longe de ser resolvida. Muitas obras n�o sa�ram do papel. Existe o risco iminente de um novo desastre. O in�cio das chuvas � agora no m�s de outubro e existe necessidade de mobiliza��o por parte dos governos municipal e estadual para que um novo desastre n�o venha a acontecer%u201D, alertou a procuradora. Luciana disse que muitas pessoas est�o voltando para suas resid�ncias, mesmo interditadas, por falta de op��o. Segundo ela, a Subsecretaria Extraordin�ria da Regi�o Serrana apresentou dados indicando a constru��o de 2 mil resid�ncias, mas que ainda n�o est�o prontas. %u201CEste quantitativo n�o atinge a demanda da popula��o por moradia. Existem muitas pessoas que foram desalojadas e n�o recebem aluguel social. N�s temos not�cia que algumas est�o retornando �s �reas de risco%u201D, advertiu Luciana. A procuradora frisou que � mais vantajoso, inclusive financeiramente, investir na preven��o. %u201CN�s constatamos que para cada R$ 1 investido em preven��o economiza-se R$ 7 que seriam gastos em reconstru��o. Essas obras s�o importantes porque permitem a perman�ncia da popula��o em determinadas �reas%u201D. Presente � reuni�o, a presidenta do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, considera que a regi�o est� hoje mais preparada para enfrentar adversidades clim�ticas como as que ocorreram no passado. %u201CNossa expectativa � termos no pr�ximo ver�o uma situa��o melhor, entregando em 2014 muitas das obras e moradias. A amplia��o do sistema de alerta de cheias, com mais de 80 esta��es hidrometeorol�gicas espalhadas pelo estado, com as informa��es transmitidas em tempo real, nos d� condi��es de enfrentar essas situa��es e de alertar a popula��o com anteced�ncia, evitando que tenhamos uma trag�dia daquelas propor��es%u201D, sustentou Marilene. Nas chuvas que desabaram sobre a regi�o serrana do Rio em janeiro de 2011, principalmente nos munic�pios de Teres�polis e Nova Friburgo, morreram mais de 900 pessoas. Muitos dos corpos jamais apareceram, tragados pelos rios ou soterrados pelos deslizamentos de terra. A Secretaria de Estado de Obras foi procurada, por meio de sua assessoria, mas at� a publica��o da mat�ria n�o havia se posicionado sobre o assunto.