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Estado de Minas MAIS M�DICOS

Popula��o de Vargem Grande, no MA, reclama da demora na efetiva��o de m�dicos estrangeiros

Profissionais dependem de emiss�o de registro provis�rio para atuar no povoado


postado em 25/09/2013 07:47 / atualizado em 25/09/2013 07:58

Médicos como o cubano José dos Santos (à dir.) completaram um mês no Brasil nesta quarta-feira, 25(foto: Marcello Casal Jr./ABr)
M�dicos como o cubano Jos� dos Santos (� dir.) completaram um m�s no Brasil nesta quarta-feira, 25 (foto: Marcello Casal Jr./ABr)

Raimundo da Concei��o tem 69 anos. Quando crian�a a paralisia infantil (poliomielite) lhe tirou o movimento de uma das pernas. H� pouco mais de um ano ele perdeu a vis�o de um dos olhos e teve que procurar um m�dico. Raimundo passou um ano em S�o Lu�s, capital maranhense, para se tratar. Agora, "mais fraco", ainda precisa de atendimento, mas diz que n�o tem condi��es de deixar o povoado de Pedra Grande do Adelino, em Vargem Grande, no interior do Maranh�o. Ele � um dos pacientes que esperam o in�cio do trabalho dos m�dicos cubanos enviados � cidade pelo Programa Mais M�dicos.

Os dois profissionais designados para a cidade chegaram nesse fim de semana, mas ainda dependem do registro provis�rio, concedido pelo Conselho Regional de Medicina, para come�ar a atuar. O povoado de Concei��o vai receber um m�dico, Jose Santos. A demora � tamb�m inc�modo para o profissional. "Amanh� [quarta, 25] completa um m�s que estamos no pa�s, queremos come�ar a trabalhar", disse.

Santos conheceu o povoado na ter�a-feira. "� uma grande responsabilidade. Vou atuar com aqueles que precisam. A popula��o aqui precisa de muita a��o e a��o de sa�de. Tem crian�as, idosos, com doen�as que podem ser resolvidas", declarou o m�dico. Ele vai prestar atendimento a 40 fam�lias do povoado. O trabalho era para come�ar esta semana, mas foi adiada. A expectativa � que comecem a atender na pr�xima semana.

"A gente estava esperando ele. Disseram que vinha logo e esse logo nunca tinha chegado. J� veio gente dos povoados vizinhos perguntando se tinha consulta. Pra ir no m�dico, tem que ir � cidade. Do jeito que vai, volta, n�o consegue marcar consulta. � um sofrimento de pai d'�gua", disse o vizinho de Concei��o, Jo�o Batista.

No local, a maioria das doen�as est� ligada � aus�ncia de saneamento b�sico e � falta de tratamento da �gua. Foram abertos tr�s po�os, em apenas um, "a �gua presta", declarou Jo�o Batista. Verminoses e diarreia s�o doen�as comuns. A aten��o b�sica, somada �s visitas � comunidade podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos moradores, acredita o m�dico cubano.

O povoado reflete a situa��o de quase metade dos moradores de Vargem Grande. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), a cidade tem 52,9 mil habitantes, 46% vivem na zona rural. No campo, a produ��o � para a subsist�ncia. A renda mensal per capita dos moradores da cidade � R$ 165,37. O munic�pio est� entre os 300 com o pior �ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), ocupa a 5.293ª posi��o dos mais de 5.560 munic�pios brasileiros.

Em rela��o � sa�de, a regi�o tem um hospital e novo postos de Sa�de, dos quais quatro s�o na �rea rural. Cada um deles tem um m�dico especializado em aten��o b�sica. Os cubanos v�o se somar a eles. Al�m deles, apenas um dos m�dicos da aten��o prim�ria mora na cidade. Os demais s�o de munic�pios vizinhos, que atendem duas ou tr�s vezes na semana. A prefeitura calcula que seriam necess�rio 21 m�dicos para atender � popula��o adequadamente.

"Temos muita dificuldade em fixar os profissionais. Eles v�m para c� buscando um sal�rio maior do que o que podemos oferecer", disse o secret�rio de Sa�de de Vargem Grande, Challes Eduardo Marinho. Pela Constitui��o, os munic�pios devem aplicar um m�nimo de 15% da receita em sa�de. Segundo o secret�rio, no m�s passado, foram aplicados 40%.

O munic�pio pediu seis m�dicos na primeira etapa do Mais M�dicos, nenhum profissional optou por trabalhar no munic�pio. Com o acordo com os cubanos, a cidade recebeu dois m�dicos. Al�m de Santos, a m�dica cubana Rebeca Rodriguez vai atuar em Vargem Grande, na zona urbana, em unidade especializada em atendimento infantil. Ela est� ansiosa: "Estamos esperando o registro para trabalhar, � a nossa fun��o", disse.

O pediatra Jos� Curtius, que trabalha no munic�pio, declarou que a atua��o da profissional cubana vai facilitar o trabalho dele. "A movimenta��o � muito grande, a demanda muito grande. Al�m disso, n�o temos atendimento prim�rio. Na hora que melhorar as condi��es do atendimento b�sico, vai melhorar tamb�m o especializado. Recebemos v�rias demandas que poderiam ser resolvidas na base", ressaltou.


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