Rio, 29 - Policiais militares desocuparam � for�a, no fim da noite de s�bado (28), a C�mara Municipal do Rio de Janeiro, cujo plen�rio estava ocupado por professores em greve desde a semana passada, em protesto contra o plano de cargos e sal�rios proposto pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), que o Sindicato Estadual de Profissionais de Ensino (Sepe) considera que n�o atende �s reivindica��es da categoria.
Depois de mais de duas horas de negocia��o, os PMs entraram no Pal�cio Pedro Ernesto, sede do Legislativo municipal, e, usando bombas de g�s lacrimog�neo e spray de pimenta, desalojaram cerca de 150 ativistas.
Segundo o coordenador-geral do Sepe, Alex Trentino, duas pessoas foram presas e v�rias ficaram feridas. Do lado de fora, na Cinel�ndia, onde os policiais tamb�m investiram contra a multid�o, cerca de 300 pessoas permaneciam protestando, por volta de meia noite, em clima tenso.
A movimenta��o final para a a��o dos policiais come�ou por volta de 20 horas, contou Trentino, quando come�aram a chegar policiais do Batalh�o de Pol�cia de Choque da Pol�cia Militar. Oficiais entraram na Casa e tentaram convencer os manifestantes a sair, mas eles se recusaram.
Inicialmente, segundo o sindicalista, as a��es da Pol�cia eram conduzidas, em nome da PM, por um major identificado como Segala, mas, no meio das negocia��es, outro oficial, cujo nome n�o foi divulgado, assumiu o comando.
As a��es foram simult�neas: os professores que ocupavam o plen�rio foram atacados por um grupo de policiais, enquanto outro dispersava, com viol�ncia, os manifestantes que estavam do lado de fora.
O movimento grevista, por�m, continuar�, de acordo com o coordenador-geral do Sepe. "Temos assembleia marcada para ter�a-feira, independente do que aconteceu aqui", disse ele.
Of�cio
Mais cedo, a Mesa Diretora da C�mara dos Vereadores havia enviado um of�cio � Pol�cia Militar pedindo a desocupa��o do plen�rio do Pal�cio Pedro Ernesto. Nota da assessoria de imprensa da Casa divulgada na tarde de s�bado informou que a Justi�a j� havia expedido mandato de reintegra��o de posse em agosto, quando estudantes ocuparam o plen�rio da Casa. “Desta forma, a C�mara n�o necessita recorrer novamente � Justi�a, pois possui autoexecutoriedade e poder de pol�cia para assegurar, como determina a Constitui��o Federal, seu livre funcionamento”, diz o texto.
Sexta-feira
No fim da noite de sexta-feira, professores foram surpreendidos por grande aparato da Pol�cia Militar, que foi ao Pal�cio Pedro Ernesto para tentar retir�-los de l�. Os ocupantes, mais de 200 segundo representantes do Sepe, n�o aceitaram deixar o pr�dio. Eles alegaram que a liminar apresentada � de 20 de agosto e se refere a uma ocupa��o anterior, j� encerrada - a de manifestantes que protestavam contra a composi��o CPI dos �nibus na C�mara.