O corpo de uma menina de 9 anos foi encontrado a 100 metros da Unidade de Pol�cia Pacificadora da Rocinha, zona sul do Rio, na manh� deste domingo, 29. Rebeca Miranda Carvalho dos Santos desapareceu na noite de s�bado, 28, quando participava de uma festa na favela. Seu corpo foi encontrado �s 6 horas de domingo com sinais de estrangulamento e estupro - a menina estava com a roupa �ntima abaixada.
Rebeca participava de uma festa num beco e brincava com outras crian�as em frente ao local do evento. �s 21h30, ela levou um peda�o de bolo para sua m�e, Maria Miranda de Mesquita, de 43 anos, e voltou para pegar o brinde-surpresa que era distribu�do. Depois disso, n�o foi mais vista. Meia hora mais tarde, quando Maria foi procurar pela filha, j� n�o a encontrou.
Vizinhos e amigos da m�e e da menina come�aram a procurar pela crian�a na favela. No fim da madrugada, foram � 15.ª Delegacia de Pol�cia (G�vea) registrar o desaparecimento. Por volta das 6 horas, retomaram as buscas e o corpo de Rebeca foi localizado em um barranco, coberto por telhas, por uma vizinha. Uma testemunha contou � pol�cia que a crian�a foi abordada por um homem pardo, com idade entre 20 e 30 anos. A menina teria tentado se esquivar, sem sucesso.
O crime provocou revolta na Rocinha. Nas redes sociais, l�deres comunit�rios e moradores comentaram o assassinato e postaram cr�ticas � UPP. "O que me revolta � que UPP implantada para n�s seria sinal de seguran�a, de uma nova vida de paz dentro da favela. A� eles v�m e deixam pior do que j� estava, matam moradores, levam para pres�dios quem estava na rua sem identidade, retiram pessoas de dentro de casa, humilham perante a fam�lia simplesmente pra mostrar que eles que s�o os mandat�rios", escreveu um jovem, fiscal de papelaria.
Na inaugura��o da Cidade da Pol�cia, o governador S�rgio Cabral lamentou a morte da menina: "Qualquer caso nos d�i muito, ainda s�o muitos desafios. Sabemos que estamos enfrentando o tr�fico de drogas e a mil�cia. A gente n�o tinha a ilus�o de que a recupera��o dessas comunidades seria f�cil", afirmou.
O caso est� sendo investigado pela Divis�o de Homic�dios.