O Brasil est� muito atrasado em cobertura e qualidade da banda larga para o mercado corporativo, aponta pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Federa��o das Ind�strias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Embora o pre�o m�dio para contrata��o de 1 megabyte por segundo (Mbps) de velocidade seja atualmente R$ 48,55, contra R$ 70,85 em 2011, a pesquisa da Firjan mostra que apenas uma minoria das empresas brasileiras tem acesso � internet de velocidade superior a 10 Mbps.
O gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado, mostrou que, ao contr�rio, a vizinha Argentina j� prev� um plano mais arrojado para 2016, com a quase totalidade de suas empresas (80%) com acesso a 50 Mbps.
Nos Estados Unidos, o plano estabelece a universaliza��o da cobertura de 100 Mbps para as empresas em 2020. Na Europa, as metas tamb�m s�o mais arrojadas, disse Prado. No caso da Finl�ndia, por exemplo, elas atingem 100 Mbps em 2015 e, na Alemanha, a previs�o � 75% das empresas com acesso a 50 Mbps em 2014.
Entre os pa�ses parceiros do Brasil no Brics (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), a �ndia prev� a universaliza��o da cobertura de 10 Mbps para empresas nas grandes cidades em 2014 e a China o acesso a 20 Mbps para 50% das empresas em 2015.
No Jap�o, � projetada a universaliza��o da cobertura de 1 gigabyte (Gbps) para empresas em 2015, provid�ncia j� adotada pela Coreia do Sul, no ano passado.
Com 1 Mbps por segundo, o Brasil mostra que tem a menor ambi��o em compara��o aos demais pa�ses, assinala a pesquisa. “O que se pergunta, inquiriu Prado, � se nossa ambi��o � compat�vel com o espa�o que o Brasil gostaria de ter na competi��o mundial?”
O ministro das Comunica��es, Paulo Bernardo, presente � explana��o do gerente da Firjan, disse que n�o existem metas de velocidade ou de atendimento da internet de banda larga para as empresas brasileiras. As metas definidas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) se referem somente ao acesso domiciliar. Deixou claro, entretanto, que est� aberto a dialogar com os empres�rios e examinar a quest�o.
Cristiano Prado disse � Ag�ncia Brasil que no PNBL existem metas de inclus�o. “De oferecer o servi�o a micro e pequenas empresas, na velocidade que est� sendo discutida no plano”.
O mais importante, entretanto, destacou, � que ainda que o setor empresarial conseguisse obter 1 megabyte por segundo, ou qualquer velocidade similar a isso, “a gente estaria muito aqu�m do que est� sendo oferecido internacionalmente”. O mundo, ressaltou, j� est� mostrando alguns caminhos.
Ele observou que h� a quest�o da dimens�o geogr�fica, que dificulta o servi�o no Brasil em rela��o �s demais na��es.”O Brasil n�o � um pa�s pequeno. Mas, o importante � ter metas que podem, por exemplo, come�ar com 50 megabytes nos grandes n�cleos urbanos ou nos principais estados. Ir gradativamente construindo isso”.
Prado disse que o recado � que isso precisa estar na pauta do dia. “O setor empresarial precisa estar dentro das prioridades no governo no que diz respeito � banda larga”. Segundo ele, esse � um fator de competitividade t�o importante hoje como � a energia el�trica e o g�s para as empresas. Significa que uma empresa com um acesso melhor � internet consegue fazer mais coisas, mais r�pido e em menos tempo do que uma empresa aqui no Brasil”.
Defendeu que haja uma regulamenta��o que incentive o setor privado, com apoio do setor p�blico, para que essas velocidades sejam oferecidas, tanto que respeita � cobertura geogr�fica, como em termos de qualidade.