Professores e PMs do Rio se enfrentam novamente

 Em um dos maiores confrontos entre for�as de seguran�a e manifestantes desde o in�cio da onda de protestos, em junho, bombas explodiram durante toda a tarde e noite desta ter�a-feira, 01, nos tr�s pontos mais frequentados do Centro do Rio: a Pra�a da Cinel�ndia e as avenidas Rio Branco e Presidente Vargas. Como das outras vezes, vidra�as foram destru�das e policiais, xingados e apedrejados, reagiram com sprays de pimenta e explosivos.

A manifesta��o de professores em greve desde 8 de agosto (com interrup��o de 12 dias em setembro) come�ou cedo nas imedia��es do Pal�cio Pedro Ernesto, onde funciona a C�mara de Vereadores, na Cinel�ndia. No pr�dio, � tarde, seria votado o Plano de Cargos e Sal�rios proposto pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) e repudiado pela lideran�a da categoria. A �rea amanheceu ocupada por tropas da Pol�cia Militar (PM), � frente os policiais do Batalh�o de Choque, especializados em confrontos.

A repress�o aos professores, a integrantes de movimentos sociais e a mascarados, supostamente vinculados ao grupo Black Blocs mobilizou, segundo a PM, pelo menos 700 policiais. A mobiliza��o convocada pelo Sindicato dos Profissionais de Educa��o (Sepe) n�o atingiu o objetivo: no plen�rio da C�mara, a proposta do prefeito foi aprovada por 36 votos a tr�s.

A situa��o, tensa desde a manh� na Cinel�ndia, agravou-se por volta das 14h, quando houve um bate-boca entre um professor e um PM. Cerca de duas horas depois, pessoas come�aram a se aglomerar na Rua Alcindo Guanabara, onde h� um port�o lateral que d� acesso ao p�tio interno da C�mara. Foi quando os manifestantes come�aram a jogar garrafas e pedras e a for�ar o port�o.

Os PMs atacaram com bombas de efeito moral e g�s pimenta. O grupo correu em dire��o � pra�a Floriano, o cora��o da Cinel�ndia. A PM n�o se conteve e, ap�s evacuar a Cinel�ndia, avan�ou com cassetetes, escudos e mais bombas na Rio Branco, onde a multid�o se aglomerava.

Na fuga, os black blocs - apontados pela PM como respons�veis pela viol�ncia nos protestos - depredavam o que havia no caminho. Eles lan�aram sacos de lixo sobre a via, quebraram lixeiras e destru�ram vidra�as de pr�dios e ag�ncias banc�rias.

At� �s 20h30 a PM n�o havia divulgado o balan�o de detidos e feridos durante a manifesta��o.