Rio, 04 - Os professores a rede de ensino da Prefeitura do Rio decidiram manter a greve, iniciada em agosto (com interrup��o de dez dias em setembro), pelo menos at� quarta-feira, 09, quando haver� nova assembleia.
Depois de assembleia desta sexta-feira, 04, no Clube Municipal (Tijuca, zona norte), que durou tr�s horas e reuniu cerca de 4 mil profissionais, eles sa�ram em passeata rumo � prefeitura, na Cidade Nova (regi�o central). Tentaram ser recebidos pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB), mas n�o conseguiram sequer entrar no pr�dio, cujas grades estavam fechadas. A Pol�cia Militar (PM) protegia o edif�cio, mas n�o houve confronto.
Na assembleia, a Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa recolheu den�ncias de abusos policiais em manifesta��es. Mais de 40 pessoas forneceram informa��es, referentes principalmente � �ltima ter�a-feira, quando houve protesto violento no centro antes, durante e depois da vota��o do plano de cargos e sal�rios do magist�rio, na C�mara de Vereadores.
A passeata foi acompanhada com discri��o por policiais. Ao passar por um grupo de dez policiais, professores gritaram palavras de ordem como "au, au, au, cachorrinho do Cabral (o governador S�rgio Cabral)". N�o houve rea��o policial.
Segundo os sindicalistas, 80% dos professores da rede municipal pararam. A Secretaria Municipal de Educa��o n�o forneceu o dado oficial. Na rede estadual, tamb�m em greve, a ades�o � menor: 20%, conforme os professores, e menos de 1%, de acordo com a Secretaria de Educa��o.
Para os pr�ximos dias, convocaram uma s�rie de atos. Os principais ser�o na segunda-feira, 07, caminhada da Candel�ria � Cinel�ndia (centro), e no dia 15, o Dia do Professor, para o qual foi agendada uma marcha pela educa��o p�blica. No dia 11, haver� um ato de rep�dio � viol�ncia policial contra os professores, para o qual foram convidados pol�ticos e artistas.