Petroleiros entram em greve nesta quinta-feira contra o primeiro leil�o do pr�-sal

Os funcion�rios da Petrobras e subsidi�rias entram amanh� (17) em greve por tempo indeterminado, em protesto contra o leil�o do Campo de Libra, previsto para o pr�ximo dia 21. Segundo a Federa��o �nica dos Petroleiros (FUP), a categoria exige a suspens�o imediata do primeiro leil�o do pr�-sal, sob o regime de partilha. %u201CPor lei, o governo pode permitir que esse reservat�rio fique inteiramente com a estatal, mas, em vez disso, quer entregar o tesouro �s multinacionais%u201D, disse o coordenador da FUP, Jo�o Ant�nio de Moraes. De acordo com a federa��o, a greve foi aprovada nos sindicatos filiados %u201Cde Norte a Sul do pa�s%u201D, e atingir� refinarias, terminais de distribui��o, plataformas de petr�leo, campos terrestres de produ��o, usinas de biodiesel, termoel�tricas e unidades administrativas da Petrobras, Transpetro e demais subsidi�rias. Apenas na refinaria Lubnor, no Cear�, os trabalhadores far�o uma assembleia na manh� desta quinta-feira para decidir se aderem � greve, que, segundo a FUP, foi aprovada nas demais bases do estado. A federa��o informou que amanh� os petroleiros far�o atos e manifesta��es nas principais capitais. A FUP diz que trabalhadores terceirizados que atuam nas unidades da Petrobras e subsidi�rias participar�o da greve. Conforme a entidade, os sindicatos que organizam os terceirizados, como metal�rgicos, constru��o civil e vigilantes, atuar�o em conjunto com os petroleiros ao longo da paralisa��o. A retirada de tramita��o do Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que regulamenta a terceiriza��o no Brasil, tamb�m est� na pauta de reivindica��es. Para os petroleiros, o projeto de lei %u201Cpiora consideravelmente as condi��es de trabalho e ataca direitos hist�ricos da classe trabalhadora%u201D. %u201CAo liberar a terceiriza��o de atividades-fim e acabar com a responsabilidade solid�ria das empresas contratantes, o PL 4.330 deixa os trabalhadores, principalmente os petroleiros, ainda mais vulner�veis � precariza��o%u201D, disse Moraes. Al�m disso, a FUP e os sindicatos reivindicam avan�os na campanha de negocia��o salarial, lembrando que a proposta apresentada pela Petrobras no dia 7 "foi amplamente rejeitada pelos trabalhadores%u201D.