Pol�cia ainda busca autores de disparos em protesto

Rio, 18 - Tr�s dias ap�s a manifesta��o dos professores em greve, em que foram registrados os primeiros casos de uso de arma de fogo, a Pol�cia Civil ainda n�o conseguiu identificar os autores dos disparos. Dois homens foram feridos. O estudante Rodrigo Gon�alves Azoubel, de 18 anos, foi baleado nos dois antebra�os, quando estava na Cinel�ndia durante o protesto de ter�a-feira, 15. Continua hospitalizado. Azoubel ainda n�o foi interrogado. S� dever� voltar par casa na pr�xima semana.

Rafael Santana Santos, de 24 anos, estava na Avenida Rio Branco quando foi baleado no ombro, tamb�m na manifesta��o. O proj�til ficou alojado na jaqueta de Santos, pois o tiro deve ter sido disparado de longe. Ele foi encaminhado para exame de corpo de delito. O proj�til e a jaqueta ser�o periciados. Os laudos n�o foram anexados � investiga��o.

A 5ª Delegacia de Pol�cia (DP) ainda tenta identificar quem s�o os dois homens que aparecem, com roupas comuns, atirando com arma de fogo na manifesta��o. As investiga��es n�o avan�aram at� agora. Policiais da DP, sem se identificar, creditam a demora � suposta falta de efetivo, que seria insuficiente para dar conta de todas as ocorr�ncias.

A assessoria da Pol�cia Civil se limitou a informar, em nota, que, "por enquanto, o delegado n�o est� divulgando detalhes da investiga��o". V�deos publicados na internet mostram v�rios policiais militares fardados efetuando disparos de arma de fogo na manifesta��o de ter�a-feira. A Pol�cia Militar (PM) divulgou que "foi aberta uma sindic�ncia para avaliar a conduta desses policiais".

Em rela��o a den�ncias envolvendo a atua��o de PMs em outras manifesta��es, a Corregedoria da corpora��o concluiu tr�s sindic�ncias. Na primeira, um policial que aparece agredindo uma mulher na Lapa, em v�deo divulgado em 28 de agosto, foi indiciado por les�o corporal. Uma segunda sindic�ncia aberta para apurar liga��o de PMs que atuaram no protesto de 22 de agosto com mil�cias foi arquivada por falta de provas. Um policial acusado de usar uma rede social para defender o uso de armas de fogo nas manifesta��es ser� punido disciplinarmente.