
O �leo que atingiu o Lago Parano� vazou do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), conforme os laudos t�cnicos da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) e da Universidade de Brasilia (UnB) conclu�dos na noite de ontem (18). De acordo com o Instituto Bras�lia Ambiental (Ibram), �rg�o ligado � Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Distrito Federal (GDF), os dois laudos mostram que o �leo, respons�vel pela mancha de 3 quil�metros, veio de uma caldeira usada pelo hospital para esterilizar equipamentos.
Segundo o Ibram, o separador de �gua e �leo da caldeira estourou e acabou despejando �leo pela tubula��o de �gua pluvial. A mancha localizada nas proximidades do Iate Clube foi contida ontem. No entanto, uma segunda mancha, de menor porte, apareceu em outro ponto do lago, pr�ximo � Concha Ac�stica, local onde s�o realizados eventos culturais.
Nos dois pontos � comum a pr�tica de esportes aqu�ticos. Para evitar problemas, as autoridades est�o orientando que a popula��o e as embarca��es n�o usem as �reas mais cr�ticas para atividades ou banhos. A limpeza do local e a conten��o do �leo j� est�o sendo feitas, mas h�, ainda, preocupa��o com a possibilidade de novos vazamentos com a chuva prevista para os pr�ximos dias.
Um auto de infra��o foi entregue ainda ontem � noite ao Hran, ap�s a conclus�o dos laudos, mas endere�ado � Secretaria de Sa�de, �rg�o respons�vel pelo hospital. Foi aplicada uma multa de R$ 260 mil.
Contatada pela Ag�ncia Brasil, a Secretaria de Sa�de informou que j� tomou conhecimento do laudo, mas espera ser notificada oficialmente na segunda-feira (21) para pedir explica��es da empresa T�cnica, respons�vel pela caldeira, e ver a quem caber� pagar a multa. A secretaria j� vinha fazendo estudos para a licita��o de novas caldeiras a g�s, para evitar vazamentos de �leo.
De acordo com o Ibram, essa � a quarta vez que ocorrem problemas ambientais com caldeiras do Hran. A �ltima foi no in�cio deste ano, devido � fuma�a densa e escura liberada � luz do dia, incomodando a vizinhan�a. Na �poca, foi aplicada uma multa de R$ 60 mil, mas acabou n�o sendo paga porque o GDF recorreu na Justi�a.
Al�m da multa, o Ibran havia determinado a troca das caldeiras, que t�m 40 anos de uso, e a mudan�a do hor�rio da fuma�a. Iniciou-se, ent�o, um processo de licita��o que ainda n�o foi conclu�do. No ano passado, o Ibran identificou outro vazamento, mas de menor escala, que aconteceu tamb�m pelo rompimento do separador de �gua e �leo. O vazamento atual � o maior j� registrado no Lago Parano�.
Contatado pela Ag�ncia Brasil, o Ibran informou que n�o pode fechar a caldeira atual porque isso inviabilizaria o funcionamento do hospital, e o dano ficaria ainda maior com o fechamento das �reas cir�rgicas e de