O Sindicato dos M�dicos do Cear� (Simec) inicia nesta segunda-feira, 21, uma caravana pelo interior para fiscalizar o trabalho dos estrangeiros selecionados pelo programa federal Mais M�dicos. Hoje, s�o 30 cubanos em atividade nas unidades de sa�de espalhadas pelo Estado. Outros 40 profissionais est�o em processo de capacita��o.
O trabalho � uma determina��o da Federa��o Nacional dos M�dicos (Fenam), que deve ser repetida pelos demais sindicatos m�dicos. Os associados ao Simec s�o os primeiros a adotar o processo no Pa�s. Foram eles que, em 26 de agosto, fizeram um protesto agressivo contra os cubanos. Naquela oportunidade, os filiados chamaram os estrangeiros de escravos e disseram palavras de ordem, “mandando-os” voltar para senzala. A hostiliza��o ocorreu durante a acolhida da primeira turma de cubanos treinada pela Escola de Sa�de P�blica, em Fortaleza.
“A Fenam sugeriu que os presidentes dos sindicatos realizem fiscaliza��o e levantamento de erros provocados pelos m�dicos n�o revalidados”, disse o presidente do Simec, Jos� Maria Pontes. A caravana ter� in�cio nas primeiras cidades onde os cubanos come�aram a trabalhar, como Reriutaba, Morada Nova, Acopiara e Itapaj�.
“N�s temos de denunciar e fazer um levantamento de todos os problemas que surgirem pelo oferecimento de uma sa�de que n�o condiz com as necessidades da popula��o brasileira”, afirmou o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira. Para ele, a assist�ncia ofertada pelo governo federal � de baixa qualidade, com m�dicos sem comprova��o de qualidade, que n�o falam portugu�s, n�o conhecem os protocolos do Sistema �nico de Sa�de (SUS) e, em alguns casos, nem sabem os nomes dos rem�dios.
Ao mesmo tempo, o Simec promete apresentar novas a��es judiciais. “Queremos busca os direitos trabalhistas e refor�ar as visitas ao Minist�rio P�blico do Trabalho, para denunciar a rela��o de trabalho e n�o de ensino no programa Mais M�dicos”, afirmou Jos� Maris Pontes.