A presidente Dilma sancionou no final da manh� desta ter�a-feira, 22, a Medida Provis�ria (MP) do programa Mais M�dicos, em cerim�nia no Pal�cio do Planalto. Lan�ado em julho, o programa - cujo objetivo � levar profissionais da sa�de a �reas desassistidas no Pa�s - � uma das respostas do governo �s manifesta��es populares de junho e � visto tamb�m como uma das principais bandeiras que o PT vai usar nas elei��es para o Estado de S�o Paulo no ano que vem, quando o candidato do partido dever� ser o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha.
Os profissionais do Mais M�dicos recebem bolsa de R$ 10 mil mensais, paga pelo Minist�rio da Sa�de. J� os munic�pios ficam respons�veis por dar alimenta��o e moradia aos participantes.
Respostas �s cr�ticas
O ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, rebateu as cr�ticas de que o Mais M�dicos seria eleitoreiro. Durante a tramita��o da MP no Congresso, parlamentares da oposi��o acusaram a medida de ter o objetivo de viabilizara a elei��o de Padilha para o governo do Estado de S�o Paulo, no ano que vem. "Penso que s� quem tem facilidade de acesso a m�dico pode dizer que � (um programa) eleitoreiro", criticou Padilha.
Contra as cr�ticas, o ministro disse que uma solu��o para o problema da falta de profissionais de sa�de no Pa�s foi algo pedido por prefeitos de todos os partidos. "Estranho que alguns digam que � (um programa) eleitoreiro. Parecem n�o terem percebido que a solicita��o veio de prefeitos e de prefeitas de todos os partidos do Pa�s", disse.
Em seu discurso durante cerim�nia da san��o MP dos Mais M�dicos, em Bras�lia, o ministro citou parcerias com diversas administra��es municipais, entre elas Salvador, do prefeito Antonio Carlos Magalh�es Neto, do Democratas, sigla que faz oposi��o ao governo federal.
Dizendo que a san��o da MP transforma em lei "um ato de coragem da presidente Dilma", Padilha tamb�m citou resultados do primeiro m�s de vigor do programa. Segundo ele, em setembro, os profissionais do Mais M�dicos realizaram 320 mil consultas de atendimento m�dico no Pa�s.
Com a san��o da MP, continuou Padilha, a For�a A�rea Brasileira (FAB) vai realizar na pr�xima semana o "maior deslocamento a�reo humano", quando m�dicos ser�o deslocados para seus locais de atendimento. "Desta vez, para levar m�dicos para atender o povo brasileiro", disse Padilha.
O ministro da Sa�de tamb�m disse que a transfer�ncia para o Minist�rio da Sa�de da responsabilidade pela concess�o do registro a profissionais estrangeiros do Mais M�dicos, um dos pontos alterados pelo Congresso, n�o retira compet�ncias dos Conselhos Regionais de Medicina.
Em sua fala, o ministro fez diversos acenos ao Congresso Nacional. Ele disse que o Parlamento discute hoje novas formas de financiamento para a sa�de e citou a destina��o de 25% dos royalties do petr�leo para �rea, aprovada recentemente, e a reserva de uma parcela das emendas individuais obrigat�rias do Or�amento Impositivo para o setor, que est� em discuss�o.
"O ato de coragem de Dilma j� � reconhecido pela popula��o", afirmou Padilha. "O Mais M�dicos � s� o come�o de uma profunda mudan�a na sa�de brasileira", concluiu.