Rio, 22 - Os depoimentos de cinco policiais militares - quatro mulheres e um homem - foram decisivos para a den�ncia do Minist�rio P�blico do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) no caso do pedreiro Amarildo de Souza. Os promotores negam ter havido dela��o premiada. Uma das policiais que dep�s, a soldado Tha�s Gusm�o, acabou no rol de 25 denunciados. � exce��o de Tha�s, que teria ficado do lado de fora "vigiando" enquanto a tortura transcorria, os demais depoentes ficaram dentro do cont�iner.
Do local, embora n�o pudessem ver, conseguiam escutar pelas paredes finas a aplica��o dos supl�cios a Amarildo. Em comum, os depoentes t�m o pouco tempo na corpora��o. Os "recrutas", na linguagem da promotora Carmen de Carvalho, n�o foram denunciados por omiss�o porque n�o teria ficado provada a capacidade deles para intervir e cessar a sev�cia. As soldados Carolina Andrade Martins, Dezea Juliana da Costa Sousa e Monique Sant'Ana Pinheiro teriam ficado bastante nervosas ao ouvir a tortura. O �nico depoente homem, Alan Jardim da Rosa, teria tentado intervir, mas foi ridicularizado por outros PMs, de acordo com a den�ncia.
"Duas das soldados que relataram o fato disseram `Olha, na hora eu entrei em p�nico, comecei a chorar, eu tampava os ouvidos, n�o sabia o que fazer. Sou recruta, sou operacional`", afirmou Carmen. Na acusa��o, o MPRJ destaca que Carolina, Juliana e Monique nunca participaram de qualquer opera��o, "jamais prenderam algu�m" e se viram em situa��o "de profundo estresse".