Carvalho: governo busca interlocutores com black blocs

Bras�lia, 29 - O chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, Gilberto Carvalho, disse nesta ter�a-feira, 29, que o governo busca interlocutores com o movimento dos

black blocs

porque � preciso estabelecer um di�logo com eles e "compreender este fen�meno social". Depois de ressaltar que a administra��o federal est� "preocupad�ssima" com a viol�ncia, Carvalho disse entender que "a repress�o � necess�ria", mas ressalvou que "s� reprimir n�o resolve a profundidade do problema". Ele reconheceu que a popula��o se tornou ref�m da viol�ncia dos

black blocs

e justificou que "o pr�prio esvaziamento das manifesta��es demonstrou isso".

De acordo com Carvalho, o Estado n�o pode permitir a viol�ncia e o Poder Executivo federal quer impedi-la. Mas, ao mesmo tempo, quer ir � raiz da quest�o para entender e tomar medidas que resolvam. Segundo o chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica, o Executivo federal est� "preocupad�ssimo" com a quest�o e procura entender at� que ponto a cultura de viol�ncia vivida na periferia emigrou para esse tipo de a��o. Carvalho afirmou ainda que � preciso ir a fundo na quest�o e que n�o basta criminalizar os jovens, � necess�rio entender o que acontece.

Ap�s lembrar que este � um assunto complexo, Carvalho afirmou que, para o governo ter uma atua��o eficaz, � preciso um diagn�stico mais preciso, que ainda n�o existe. "Estamos acelerando isso, estamos em di�logo com a pol�cia, com as autoridades dos Estados, estamos buscando e tamb�m com a sociedade, com movimentos juvenis porque a simples criminaliza��o imediata, ela n�o vai resolver", declarou, acrescentando que a pol�cia faz o combate � destrui��o e tem de fazer, evidentemente, mas que, para resolver o conflito na profundidade, � preciso conhecer um pouco mais, entender de onde vem esse processo.

Ao defender a necessidade de se conseguir interlocutores com os

black blocs

, o chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia citou que o Pal�cio do Planalto est� em busca de integrantes do grupo que queiram dialogar. "Um dos problemas � essa dificuldade de ter interlocutores que possam e que queiram inclusive dialogar. Que a linguagem aparente, e insisto, aparente, � muito da destrui��o, da nega��o. Agora, n�s precisamos de alguma forma ter uma ponte. N�s estamos buscando com muita for�a esse di�logo para que a gente possa achar uma sa�da eficaz porque s� reprimir n�o resolve", afirmou. Carvalho disse ainda que tem havido dificuldade no contato porque � um grupo que n�o se apresenta para o di�logo, n�o se identifica. "(Isso) A n�s causa um grande espanto."