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Estado de Minas

S�o Paulo recebe primeiros m�dicos cubanos

76 profissionais de Cuba e cinco de outros pa�ses devem refor�ar o servi�o das Unidades B�sicas de Sa�de (UBS) no atendimento � fam�lia


postado em 01/11/2013 18:25 / atualizado em 01/11/2013 18:43

S�o Paulo, 01 - Os primeiros m�dicos de Cuba do Programa Mais M�dicos, do governo federal, a trabalhar em S�o Paulo foram apresentados nesta sexta-feira, num evento no centro da capital paulista. Ao todo, 76 profissionais cubanos atuar�o na capital num momento inicial, focados no atendimento de sa�de da fam�lia. Al�m deles, cinco m�dicos de outros pa�ses (um uruguaio, dois venezuelanos e dois brasileiros que se graduaram no exterior) comp�em este que � o segundo grupo contratado para refor�ar o servi�o das Unidades B�sicas de Sa�de (UBS) paulistanas.

As UBSs da regi�o sul da cidade ser�o as que mais receber�o o refor�o estrangeiro. De acordo com a Secretaria Municipal da Sa�de, para aquela �rea, ir�o 35 dos 81 m�dicos. Em seguida, v�m as zonas sudeste e norte, cada uma com 16 profissionais. Por fim, a �rea leste ganhar� um aporte de 14 m�dicos.

Todos esses profissionais, que desembarcaram no Pa�s no in�cio de outubro, se reuniram com o secret�rio municipal da Sa�de, Jos� de Filippi J�nior, para a cerim�nia de boas-vindas, realizada no centro de conven��es de um hotel na Avenida C�sper L�bero, na Santa Ifig�nia. Eles come�am a atender os pacientes na segunda-feira, 4.

Filippi J�nior apresentou aos m�dicos estrangeiros o Brasil como "talvez o Pa�s mais desigual do mundo", apesar dos avan�os dos �ltimos anos, e fez brincadeira com as cr�ticas de que os profissionais que falam espanhol n�o entender�o o que os pacientes dizem. "Tem brasileiro mesmo que mora aqui no centro e que se for para a periferia n�o entende o que o povo est� falando, principalmente os jovens", declarou, em refer�ncia �s g�rias.

Ele ainda destacou que a vinda de profissionais de sa�de de Cuba ajudar� na autoafirma��o dos brasileiros. "Essa vai ser outra contribui��o que, tenho certeza, voc�s v�o trazer para a visibilidade pol�tica e social do povo brasileiro. N�s temos m�dicos negros, mas muito poucos", disse. Segundo Filippi J�nior, s� cerca de 1% dos 13 mil m�dicos do sistema de sa�de paulistano s�o negros. Muitos dos m�dicos vindos de Cuba s�o negros.

"Voc�s v�o ver que o povo brasileiro afrodescendente � o que mais tem de ser resgatado de nossa d�vida social, de nossa d�vida de ser humano", disse, referindo-se ao legado dos s�culos de escravid�o no Brasil. O secret�rio municipal de Sa�de de S�o Paulo tamb�m falou sobre o Sistema �nico de Sa�de (SUS).

"O SUS vem avan�ando muito nos �ltimos 18, 20 anos. Principalmente, nos �ltimos nove anos, o SUS vem crescendo ano a ano em termos de receita, em recursos que se colocam na sa�de." Conforme Filipi J�nior, no entanto, a rede ainda � insuficiente. "N�s precisamos aumentar, eu acho, em praticamente 60% os recursos."

Em 2012, foram investidos R$ 180 bilh�es no sistema, de acordo com o secret�rio municipal de Sa�de. "Precisamos passar de R$ 300 bilh�es, mas isso n�o se faz da noite para o dia." Os m�dicos do programa t�m contrato de tr�s anos, per�odo pelo qual devem ficar no Brasil. O primeiro grupo de profissionais estrangeiros no munic�pio chegou em setembro e inclu�a argentinos e bolivianos.

Adapta��o

Uma das m�dicas cubanas que foram apresentadas nesta sexta-feira � Taomara Iser, de 51 anos, que trabalhava havia 27 em Havana. Taomara deixou seis sobrinhos, com os quais conversa diariamente pela internet, para vir atender pacientes na periferia de S�o Paulo - trabalhar� numa UBS da zona norte. � a primeira vez dela no Brasil.

Quando saiu de Cuba a convite da administra��o federal, achava que fosse trabalhar na regi�o da Amaz�nia. S� descobriu que, na verdade, iria para a capital paulista depois de chegar ao Pa�s. Na an�lise dela, n�o � preciso ter coragem para deixar "tudo" para tr�s e come�ar do zero num lugar desconhecido. "� preciso, sim, ter sentimento humanit�rio e um sonho."

Taomara se disse impressionada com o tamanho da capital, que chamou de "bonita", e afirmou que em pouco menos de um m�s de estadia notou uma semelhan�a entre os paulistanos e os cubanos: "S�o todos muito carinhosos". Na fase de adapta��o, a m�dica cubana aprendeu um pouco de portugu�s e entende bem o que os interlocutores dizem. "Desde que n�o falem muito r�pido", brinca.


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