Alunos da USP mant�m ocupa��o da reitoria

S�o Paulo (AE), 07 - Em assembleia realizada no pr�dio da Hist�ria-Geografia, na noite de quarta-feira, 6, estudantes da Universidade de S�o Paulo (USP) votaram pela manuten��o da greve e da ocupa��o da reitoria. Ap�s horas de discuss�o, 747 alunos deliberaram pela paralisa��o e 562 optaram pela retomada das aulas, suspensas desde o dia 1º de outubro.

Uma decis�o judicial j� concedeu � institui��o a reintegra��o de posse e autorizou o uso de for�a policial para a retomada do pr�dio. Por isso, durante a madrugada, os estudantes permaneceram em vig�lia em frente � reitoria.

A partir de agora, a Pol�cia Militar pode intervir a qualquer momento, o que, segundo um dos diretores do Diret�rio Central dos Estudantes da USP, Pedro Serrano, seria inadmiss�vel. "N�o tem que haver reintegra��o de posse neste momento. Estamos em processo de negocia��o de duas semanas com a universidade. Fizemos a exig�ncia de retirada do processo na Justi�a, j� que havia uma negocia��o, e a universidade se negou a fazer isso para colocar a faca no pesco�o dos estudantes."

Depois de o Tribunal de Justi�a de S�o Paulo entregar aos estudantes a notifica��o da decis�o judicial favor�vel ao procedimento de reintegra��o, uma comiss�o formada pela dire��o da USP se encontrou com os alunos e apresentou uma proposta para a sa�da do pr�dio. O termo de acordo foi submetido a vota��o, a maioria foi contra a assinatura do documento, o fim da greve e a desocupa��o volunt�ria da Reitoria.

De acordo com o diretor do DCE da USP, Pedro Serrano, a administra��o da universidade errou ao n�o se comprometer com a discuss�o sobre o processo de elei��es diretas para reitor com a comunidade acad�mica. A falta de garantia de que n�o haver� puni��o aos integrantes do movimento tamb�m motivou a perman�ncia da greve e da ocupa��o. "� por isso que os estudantes tiveram a compreens�o que tiveram na assembleia. A universidade cometeu um golpe quando se recusou a se comprometer com a constru��o de um processo de estatuinte e a dar uma garantia definitiva de que n�o haveria puni��o ao movimento que est� sendo realizado agora."

Nesta semana, a USP apresentou uma proposta que inclui a realiza��o de um congresso no primeiro semestre de 2014 entre funcion�rios, professores e alunos.O evento serviria, inclusive, para definir mudan�as no processo eleitoral e no estatuto da universidade

Est� prevista uma nova assembleia geral, �s 18h desta quinta-feira, 7, para o debate sobre as a��es do movimento estudantil.