Rio faz campanha de combate � viol�ncia contra a mulher

Rio de Janeiro – Um mutir�o de servi�os sociais no Parque de Madureira, zona norte do Rio, neste s�bado (23), marcou a entrada da prefeitura do Rio na campanha internacional 16 dias de ativismo pelo fim da viol�ncia contra as mulheres. Equipes da Delegacia de Atendimento � Mulher, do Minist�rio P�blico, da Defensoria P�blica, do Tribunal de Justi�a e de secretarias municipais tiraram d�vidas sobre as pol�ticas p�blicas para a mulher em situa��o de viol�ncia.

Segundo a secret�ria Especial de Pol�ticas para a Mulher da Prefeitura do Rio, Ana Rocha, a Lei Maria da Penha impulsionou o aumento de den�ncias. “As medidas protetivas e o disque 180, criaram melhores condi��es para a den�ncia”, comentou. Para ela, a fonte de viol�ncia contra a mulher � o machismo. “� a vis�o de que a mulher � propriedade do homem. As pesquisas mostram que muitos casos de viol�ncia contra a mulher ocorrem ap�s o rompimento do relacionamento”, contou ela.

A professora C�lia de Almeida acredita que s� a educa��o pode reduzir a viol�ncia contra a mulher. “A campanha tem car�ter educativo. � alcan�ar desde a criancinha aos adolescentes, abranger os diversos segmentos da sociedade. � algo cultural que precisa ser trabalhado de forma educativa”.

A Campanha 16 Dias de ativismo pelo fim da viol�ncia contra as mulheres foi criada em 1991 por 23 feministas de diferentes pa�ses, reunidas pelo Centro de Lideran�a Global de Mulheres nos Estados Unidos.

Atualmente, a campanha ocorre em 159 pa�ses. Vai do dia 25 de novembro (Dia Internacional da N�o-Viol�ncia contra as Mulheres) a 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos). No Brasil, a campanha come�ou no dia 20 de novembro (Dia Nacional da Consci�ncia Negra) para destacar a dupla discrimina��o sofrida pelas mulheres negras.

O Dossi� Mulher, elaborado pelo Instituto de Seguran�a P�blica, da Secretaria de Seguran�a, aponta a mulheres fluminenses como as maiores v�timas dos crimes de estupro (82,8%), tentativa de estupro (94,9%), cal�nia, inj�ria e difama��o (72,4%), amea�a (66,7%), les�o corporal dolosa (65,3%) e constrangimento ilegal (56,6%). O relat�rio, baseado em registros da Pol�cia Civil durante 2012, aponta que grande parte dos delitos ocorreu no ambiente familiar.