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Estado de Minas

Reserva extrativista sofre com extra��o ilegal de madeira


postado em 28/11/2013 10:11

A Reserva Extrativista (Resex) Gurup�-Melga�o, no leste do Par�, onde ocorre hoje e amanh� o 2º Chamado da Floresta, evento que deve reunir mil lideran�as extrativistas dos nove estados da Amaz�nia Legal, resume muitos dos problemas enfrentados pelas unidades de conserva��o. Criada em 2006, a Resex, com 145 mil hectares (o equivalente a 145 mil campos de futebol), sofre com a extra��o ilegal de madeira, com a falta de um plano de manejo que permita a explora��o sustent�vel dos recursos naturais e com a aus�ncia de pol�ticas p�blicas.

Do alto, � poss�vel ver diversas clareiras com �rvores ca�das, toras empilhadas e estradas abertas pelos madeireiros no meio da mata fechada, segundo den�ncia dos moradores da Resex. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Agroextrativistas de Gurup�, Heraldo Pantoja da Costa, conta que a entidade vem denunciando desde 2008 a presen�a de madeireiros ilegais na regi�o.

O barulho das motosserras e o vaiv�m de caminh�es e embarca��es carregados de madeira serrada no Rio Pucuru� n�o passam despercebidos pelos moradores. De acordo com o presidente do sindicato, a madeira � processada dentro da Resex Gurup�-Melga�o em serrarias ilegais. “O movimento sindical tem trabalhado para segurar essa floresta, mas n�o � f�cil por causa da m� gest�o do ICMBio [Instituto Chico Mendes de Conserva��o da Biodiversidade], das pol�ticas p�blicas que n�o chegam, da invas�o de madeireiros”.

As cerca de 800 fam�lias da reserva vivem da produ��o de a�a�, palmito, farinha de mandioca e pescado. Um dos l�deres da Resex, Mateus Souza de Carvalho, de 21 anos, diz que a aus�ncia do Estado propicia que alguns moradores sejam cooptados por madeireiros e vendam �rvores entre R$ 50 e R$ 100 cada. “Tirar milhares de �rvores como os madeireiros fazem, como vai ficar o meio ambiente de Gurup�? [Essa situa��o] deixa os madeireiros mais ricos e a gente mais pobre. Se continuar nesse ritmo, do que vamos viver daqui a 20 anos?”, pergunta Carvalho.

A ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, ressaltou que a explora��o ilegal de madeira em reservas extrativistas da Amaz�nia � objeto de investiga��o do governo federal. “Isso [a extra��o ilegal de madeira] tem um �nus para as popula��es que vivem l�, joga essa popula��o na pobreza e exclui, al�m da degrada��o ambiental”, disse ela.

O presidente do ICMBio, autarquia vinculada ao MMA, Roberto Vizentin, informou que a extra��o ilegal de madeira antes da cria��o das Resex era muito maior. “O fato de ter criado as reservas extrativistas assegurou o territ�rio a essas popula��es e uma condi��o de assumir o controle da �rea e planejar o uso dos recursos. A extra��o ilegal de madeira que ainda persiste � uma realidade e vamos ter uma a��o mais en�rgica de controle com os mecanismos de fiscaliza��o e a��o policial”, disse.

Ele ressaltou que o governo pretende apoiar as popula��es extrativistas a fazer a transi��o para uma economia de base sustent�vel. “Se as fam�lias n�o t�m alternativa de renda, elas ficam mais vulner�veis � a��o desses madeireiros ilegais. Reconhecemos o problema e estamos apresentando no 2º Chamado da Floresta um pacote de a��es muito concretas de apoio ao extrativismo”, disse Vizentin.


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