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Estado de Minas

Ap�s 3 anos de atraso, Brasil lan�a sat�lite na China


postado em 01/12/2013 10:30

Dia 9 de dezembro, 11h26 no hor�rio de Pequim, 1h26 em Bras�lia. Enquanto a maioria dos brasileiros estiver dormindo, um seleto grupo de engenheiros, cientistas, empres�rios e autoridades estar� atento a uma contagem regressiva no Centro de Lan�amento de Taiyuan, na China, sonhando acordado com o futuro do programa espacial brasileiro. Se tudo correr bem, e a meteorologia colaborar, um foguete de 45 metros, modelo Chang Zheng 4B, dever� subir aos c�us no hor�rio indicado, levando a bordo o novo Sat�lite Sino-brasileiro de Recursos Terrestres, conhecido como CBERS-3. Metade constru�do no Brasil, metade na China. As expectativas s�o as maiores poss�veis. Um fracasso na miss�o poder� significar um golpe quase que fatal para o j� fragilizado programa espacial brasileiro, que luta para se manter vivo e relevante em meio a uma s�rie de limita��es financeiras, tecnol�gicas e estruturais. O programa CBERS (pronuncia-se %u201Csibers%u201D) � uma das poucas coisas que j� deram certo para o Brasil na �rea espacial. Apesar do n�mero 3 no sobrenome, este ser� o quarto sat�lite da s�rie, depois dos CBERS-1, 2 e 2B - o �ltimo dos quais parou de funcionar em maio de 2010, o que significa que o Pa�s est� h� 3 5 anos cego no espa�o, dependendo exclusivamente das imagens de sat�lites estrangeiros para observar seu pr�prio territ�rio. O plano original acertado com a China era lan�ar o CBERS-3 at� 2010, no m�ximo, mas uma s�rie de problemas levou a sucessivos adiamentos. O �ltimo deles, de ordem tecnol�gica, envolveu a detec��o de falhas nos conversores el�tricos usados na metade brasileira do projeto, quando o sat�lite j� estava quase pronto para ser lan�ado, no final de 2012. As pe�as defeituosas foram retiradas e agora, ap�s mais um ano de testes e revis�es, o CBERS-3 parece estar finalmente pronto para entrar em �rbita. Posicionado a 778 quil�metros de altitude ele ter� quatro c�meras para observar a superf�cie do planeta: duas constru�das pelo Brasil e duas pela China, com diferentes resolu��es e caracter�sticas espectrais. %u201CS�o c�meras extremamente sofisticadas, que representam um salto tecnol�gico significativo em rela��o aos sat�lites anteriores%u201D, disse ao Estado o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Leonel Perondi. %u201C� o projeto espacial mais sofisticado que j� produzimos.%u201D Uma das c�meras brasileiras, chamada MuxCam, vai observar uma faixa de terra de 120 quil�metros de largura, permitindo escanear toda a superf�cie do planeta a cada 26 dias, com 20 metros de resolu��o. A outra, chamada WFI, ter� uma resolu��o menor (de 64 m), mas enxergar� uma faixa muito maior (de 866 km) o que permitir� observar qualquer ponto da Terra repetidamente a cada cinco dias. %u201C� como se tiv�ssemos um supermercado de imagens%u201D, diz o coordenador do Segmento de Aplica��es do Programa CBERS no Inpe, Jos� Carlos Epiphanio. %u201CPoderemos optar por uma c�mera ou outra, dependendo do tipo de fen�meno que queremos observar, em maior ou menor grau de detalhe.%u201D Apesar de trabalhar com sat�lites, Epiphanio � engenheiro agr�nomo por forma��o, o que serve como um bom exemplo da variedade de empregos que se pode dar ao CBERS. A aplica��o mais famosa � a de monitoramento de florestas, principalmente na Amaz�nia, mas h� muitas outras, incluindo o monitoramento de atividades agr�colas e ocupa��es urbanas, processos de eros�o, uso de recursos h�dricos, desastres naturais e at� vazamentos de petr�leo. As imagens produzidas pelo CBERS-2B, por exemplo, foram baixadas por mais de 50 mil usu�rios, de mais de 5 mil institui��es, em mais de 50 pa�ses. %u201CN�o tem uma universidade, um �rg�o de governo no Brasil que n�o seja usu�rio do CBERS%u201D, destaca Epiphanio. Todas as imagens geradas pelo programa s�o distribu�das gratuitamente na internet pelo Inpe desde 2004. Ainda que as imagens de sat�lites estrangeiros tamb�m estejam dispon�veis gratuitamente, Epiphanio diz que o Pa�s n�o pode abrir m�o de ter seu pr�prio equipamento no espa�o. %u201CVale a pena investir em sat�lites? Sem d�vida nenhuma. O Brasil n�o pode ficar sem isso.%u201D A fabrica��o do CBERS-3 custou cerca de US$ 125 milh�es para cada pa�s


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