Pelo menos 28 milh�es de pessoas vivem no Brasil com um dependente qu�mico, mostra o Levantamento Nacional de Fam�lias de Dependentes Qu�micos, divulgado nesta ter�a-feira (3) pela Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp). A pesquisa in�dita mostra o impacto que a conviv�ncia com um parente usu�rio de drogas provoca na experi�ncia cotidiana das fam�lias.
O levantamento revela ainda que mais da metade (57,6%) das fam�lias t�m outro parente usu�rio de drogas. Os entrevistados, no entanto, avaliam que as m�s companhias (46,8%) e a autoestima baixa (26,1%) foram os fatores de risco mais relevantes que levaram ao uso.
O tempo m�dio para a busca de ajuda ap�s o conhecimento do uso de �lcool e/ou outras drogas � tr�s anos. Entre os que usam coca�na e crack, o tempo � menor, dois anos. E sobe para 7.3 anos, quando considerados apenas os dependentes de �lcool.
Mais de um ter�o dos parentes (44%) disse que descobriu o uso dessas subst�ncias por causa da mudan�a de comportamento. Apenas 15% relataram que a descoberta ocorreu por ter visto o paciente fazendo uso dessas subst�ncias fora de casa.
O impacto nas finan�as � bem relevante. O estudo detectou que em 58% dos casos o tratamento foi pago exclusivamente pela fam�lia. Cerca de 45% apontaram que o pagamento do tratamento afetou drasticamente o or�amento familiar. Para 28,2%, o tratamento influenciou pouco, enquanto 7% disseram ter sofrido muito pouco impacto. Cerca de 19% disseram, por outro lado, que o tratamento n�o trouxe danos �s finan�as da fam�lia.