
Em apoio � legaliza��o da maconha, do aborto e do casamento igualit�rio, movimentos sociais fazem na tarde de hoje (8) uma manifesta��o art�stica no Elevado Presidente Costa e Silva, conhecido como Minhoc�o, na zona central de S�o Paulo.
Com bandeiras do movimento LGBT e em apoio � legaliza��o da maconha, os manifestantes se reuniram no Minhoc�o para escutar m�sicas, participar de rodas de conversa e para assistir apresenta��es de dan�as e teatro. Ao final do evento, os manifestantes pretendem promover um beija�o e realizar uma cerim�nia simb�lica de casamento coletivo.
O ato chamado de O Uruguai � Aqui, � promovido pelo Coletivo Desentorpecendo a Raz�o (Coletivo DAR), pela Marcha da Maconha de S�o Paulo, Associa��o Cultural Cann�bica de S�o Paulo, Liga Brasileira de L�sbicas, pelo Centro de Conviv�ncia � de Lei/ResPire Redu��o de Dano e pela Fuzarca Feminista (n�cleo da Marcha Mundial das Mulheres).
“A ideia desta manifesta��o surgiu porque estamos prestes a ver o Uruguai legalizar a maconha. Resolvemos ent�o que seria interessante fazer alguma coisa n�o s� em homenagem ao avan�o que estamos vendo no pa�s vizinho, como tamb�m para mostrar o quanto estamos atrasados aqui no Brasil”, disse Gabriela Moncau, integrante do Coletivo DAR.

Segundo ela o Uruguai � um exemplo n�o s� porque j� est� discutindo um projeto de lei para legalizar a maconha, mas tamb�m porque legalizou o aborto e aprovou o casamento entre homossexuais. “A ideia � ocupar o espa�o p�blico aqui em S�o Paulo e fazer uma esp�cie de zona aut�noma tempor�ria, decretando simbolicamente, territ�rio uruguaio e fazendo interven��es art�sticas”, disse ela, em entrevista hoje � Ag�ncia Brasil.
Para Gabriela o Brasil tem avan�ado na discuss�o sobre a legaliza��o da maconha, mas ainda � pouco, em sua opini�o. “A Marcha da Maconha se fortaleceu muito e deixou de ser proibida porque antes n�o pod�amos nem nos manifestar. Mas em rela��o �s outras drogas, h� um retrocesso absurdo. H� um p�nico em torno do crack, como se fosse uma epidemia. E esse p�nico acaba sendo utilizado para legitimar uma s�rie de pol�ticas muito retr�gradas, como a da interna��o compuls�ria”, disse ela.