O ex-consultor de empresa que prestava servi�os � Ag�ncia Nacional de Seguran�a (NSA) dos Estados Unidos, Edward Snowden, quer asilo pol�tico do governo brasileiro. Por meio de uma campanha na internet que permite a assinatura de peti��es, Snowden pretende obter o apoio da popula��o brasileira para vir ao pa�s. Esta dever� ser a segunda vez que o ex-consultor pede asilo ao governo brasileiro. Quando as primeiras den�ncias sobre espionagem dos Estados Unidos vieram � tona, Snowden pediu asilo pol�tico a 21 pa�ses, entre os quais o Brasil.
Na �poca, o governo negou o pedido. A concess�o de asilo pol�tico � uma possibilidade prevista pela Constitui��o e � uma prerrogativa do Executivo, por meio do Minist�rio da Justi�a.
"Se Snowden estivesse no Brasil, seria poss�vel que ele pudesse fazer muito mais para ajudar o mundo a entender como a NSA e aliados est�o invadindo a privacidade de pessoas no mundo todo, e como podemos nos proteger”, informa o texto da campanha na internet. “O pa�s mais adequado para abrigar algu�m que denuncia irregularidades, o pa�s cuja presidente fez um discurso veemente na ONU [Organiza��o das Na��es Unidas] denunciando a espionagem � o Brasil", acrescenta o texto.
Esta semana, o ex-consultor enviou uma carta � senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), uma das relatoras da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) da Espionagem, no Senado, em que se disp�e a colaborar com o governo brasileiro caso haja "possibilidades legais" para tal. Nesta ter�a-feira, a CPI se re�ne para discutir o tema e a possibilidade do asilo brasileiro a Snowden est� na pauta. Em julho, o assunto chegou a ser debatido na Comiss�o de Rela��es Exteriores e Defesa do Senado. Por unanimidade, os parlamentares recomendaram a concess�o de asilo ao ex-consultor.
Edward Snowden est� atualmente na R�ssia. O pa�s lhe concedeu asilo tempor�rio de um ano, prazo que expira em meados de 2014. As den�ncias feitas por Snowden sobre as pr�ticas de espionagem dos Estados Unidos causaram rea��es em v�rios pa�ses, entre os quais o Brasil. O tema chegou a ser discutido na ONU, para que sejam elaboradas normas internacionais com o objetivo de proteger dados na internet.