Depois de passar mais de 26 horas em cima de uma �rvore no terreno da Aldeia Maracan�, ao lado do est�dio Jornalista M�rio Filho, o Maracan�, o �ndio Jos� Urutal, da lideran�a da etnia Guajajara, foi retirado � for�a por bombeiros no fim da manh� desta ter�a-feira. O �ndio foi levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar e depois para a Delegacia da Pra�a da Bandeira, onde presta depoimento. Ele ser� autuado por resist�ncia.
Z� Guajajara, como � conhecido, estava recebendo alimentos e �gua i�ados por manifestantes atrav�s de uma corda. Urutal era o �ltimo manifestante no terreno do antigo Museu do �ndio, depois que o Batalh�o de Choque retirou os demais �ndios que haviam ocupado o local no domingo (15). Ap�s a opera��o dessa segunda-feira, o grupo foi levado para as delegacias da Pra�a da Bandeira e S�o Crist�v�o, e autuados por resist�ncia. Todos foram liberados ap�s prestarem depoimento.
Quatro bombeiros subiram na �rvore para retirar o �ltimo manifestante. Apesar da resist�ncia, Jos� Urutal Guajajara, de 54 anos, foi preso e levado � for�a uma ambul�ncia do Corpo de Bombeiros, que estava em frente ao pr�dio. O Batalh�o de Choque usou spray de pimenta para dispersar os manifestantes que impediam a sa�da do ve�culo. O comando do Batalh�o de Choque e do Corpo de Bombeiros ainda n�o se pronunciaram sobre a retirada do manifestante.
O advogado dos ind�genas da Aldeia Maracan�, Ar�o da Provid�ncia Filho, informou que os policiais e os bombeiros agiram ilegalmente, j� que a ordem judicial de reintegra��o de posse por parte do governo, expedida em mar�o, foi suspensa em agosto. Ele disse ainda que a �nica reivindica��o do ind�gena para descer da �rvore era o cumprimento da decis�o da 7� Vara Federal do Rio sobre uma a��o civil ajuizada ontem (16) pelo advogado Ar�o, pedindo a reintegra��o de posse do terreno para os �ndios.
%u201CEles [comandante do bombeiro e da pol�cia] querem tirar [o �ndio] de qualquer jeito. N�o tem ordem para tirar [os �ndios] do pr�dio. Eles invadiram sem decis�o judicial. O que est� havendo aqui no estado do Rio de Janeiro � o aparato militar intervindo em greve, nos movimentos sociais. N�o respeitam nenhuma garantia constitucional%u201D, disse o advogado.
Aproximadamente 50 manifestantes acompanharam o protesto de Z� Guajajara em frente ao antigo Museu do �ndio cantando m�sicas e exibindo cartazes de apoio. Todos passaram a noite pr�ximos a �rvore onde o �ndio estava. Com a retirada do �ndio, os manifestantes tamb�m sa�ram da frente do pr�dio, mas policiais do Batalh�o de Choque permanecem fazendo um cerco ao local.